Lula embarca ao Japão: veja a agenda do presidente na sétima viagem à cúpula do G7
Dentre os assuntos, está a discussão envolvendo a guerra na Ucrânia
O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embarcou na manhã desta quarta-feira (17) para Hiroshima, no Japão, para participar das reuniões da cúpula do G7, que reúne as sete maiores economias do mundo.
O voo deve contar com escalas no México e no Alasca. O petista deve desembarcar no país na noite de quinta-feira (18) no horário de Brasília.
Lula vai ao Japão
Durante a viagem, o presidente brasileiro deve tratar de temas bilaterais, relacionados ao combate de mudanças climáticas e a guerra na Ucrânia.
Esta é, além disso, a primeira vez em que o Brasil é convidado para participar do encontro desde 2009, durante o segundo mandato de Lula, na edição celebrada na Itália. No total, esta seria a sétima vez em que o país participa do evento.
O convite foi feito por um mandatário do governo japonês durante uma conversa por telefone em abril deste ano.
Durante o diálogo, que durou cerca de 25 minutos, a situação da Ásia Oriental e a vontade de recriar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) foi discutida.
Esta é a terceira visita do presidente da república ao país. Anteriormente, em 2005, Lula havia viajado para realizar uma reunião bilateral. Três anos depois, em 2008, ele participou da cúpula do G8+5.
Dessa maneira, entre as próximas sexta-feira (19) e domingo (20), o líder do executivo brasileiro deve participar como convidado de três encontros temáticos da cúpula do G7, grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Assim que desembarcar, Lula deve dialogar com o premiê do Japão, Fumio Kishida; o presidente da Indonésia, Joko Widodo; e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
Além do Brasil, outras nações também comparecerão às reuniões, como Austrália, Comores, Coreia do Sul, Ilhas Cook, Índia, Indonésia e Vietnã.
Depois de se reunir com os líderes, o presidente brasileiro deve participar das reuniões do evento no próximo sábado (20).
De acordo com o Itamaraty, os temas abordados nos encontros serão a guerra entre a Rússia e a Ucrânia; o combate à desigualdade social, tratando do sistema mundial de saúde e segurança alimentar; e soluções para as mudanças climáticas e transição energética.
A ida ocorreu pouco mais de uma semana após Fernando Haddad tornar-se o primeiro ministro da Fazenda brasileiro a comparecer em um dos encontros com temática econômica do G7.
Além da presença dos líderes dos países do G7 e dos convidados, o evento também deve contar com representantes do Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização Mundial do Comércio (OMC), e outras instituições com atuação internacional.
No próximo domingo (21), Lula deve marcar presença em uma cerimônia no Memorial da Paz de Hiroshima com chefes de Estado e Governo das nações.
Apenas um ministro
Durante sua visita ao Japão, o presidente da república levou apenas um ministro consigo, o representante da pasta de Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Apesar disso, esta não é a primeira viagem que o líder do Executivo brasileiro faz totalmente desacompanhado ou com poucos acompanhantes. Quando compareceu à Londres para participar da coroação do rei Charles III, nenhum ministro estava presente.
Na última semana, Fernando Haddad também compareceu ao país para participar das reuniões do G7, também sem o acompanhamento do petista.
G7
Com o histórico de convidar outras nações para participarem dos encontros, o G7, fundado em 1970, reúne os sete países mais industrializados do mundo e representantes da União Europeia (UE), como “não elencados”.
Em suas reuniões, o grupo trata da coordenação de estratégias econômicas em escala internacional.