Haddad afirma que despesas devem crescer menos de 50% em 2024 – ESTOA

Haddad afirma que despesas devem crescer menos de 50% em 2024

Ministro teve reunião com membros do Tesouro Nacional e Receita Nacional, na qual definiu suas projeções para outros índices da economia brasileira


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Nesta quinta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse em entrevista a jornalistas, após a Câmara dos Deputados aprovar com urgência o projeto do novo arcabouço fiscal, que há chances de no primeiro ano de vigência da medida, em 2024, as despesas crescerem menos de 50%.

Em reunião com os membros do Tesouro Nacional e da Receita Federal, o ministro disse que calcula que o Produto Interno Bruto (PIB), pode crescer em 1,9% neste ano, assim como também Haddad falou suas estimativas para uma nova inflação.

Reunião com Tesouro Nacional e Receita Nacional 

Em reunião com os membros do Tesouro Nacional e da Receita Federal, Haddad disse que há várias medidas que ainda serão tomadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que podem causar efeitos positivos em arrecadações que ainda não foram captadas nas receitas, devido à regra da noventena. 

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O ministro informou, que por este motivo que resolveu introduzir uma regra do arcabouço fiscal com o objetivo de em 2024, a despesa do governo deve ter alta real de 2,5%, mesmo que haja variação da  receita. 

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“Para evitar essa confusão do primeiro ano, o relator nos perguntou quanto que a receita vai crescer no ano que vem para se certificar que a despesa não cresceria mais de 70%. E na verdade em nenhum cenário ela cresce mais de 50%”, disse Haddad. 

Aprovação do requerimento

Ontem (17), houve a aprovação de um requerimento que confere um regime de urgência sobre um novo projeto do novo plano fiscal. Com os votos a favor desse requerimento, é possível que o governo Lula obtenha uma tramitação mais acelerada da proposta inicial do arcabouço. 

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“Esperamos que até semana que vem a gente tenha a tranquilidade de dar o suporte técnico para a Câmara sobre as contas que precisam ser feitas sobre as dúvidas dos parlamentares”, destaca o ministro da Fazenda.

Em reunião com os membros do Tesouro Nacional e da Receita Federal, Haddad disse que há várias medidas que ainda serão tomadas pelo governo/Foto: CMN

PIB

O ministro também revelou suas projeções para o PIB do país, apontando que o indicador tem chances de aumentar em 2%. Após a entrevista de Haddad, fontes falaram à Reuters que o ministro pretende elevar suas estimativas do índice em um crescimento de 1,9%, de 1,6%, neste ano. 

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Em relação ao desemprego no Brasil, Haddad disse que na verdade a autarquia causa impacto negativo na taxa de empregos do país, portanto causando desaceleração na economia. 

Haddad disse aos jornalistas que: “As atas do Banco Central e as entrevistas dos diretores falam em manter a desaceleração da economia. Isso não sou eu quem estou afirmando, estou reproduzindo um argumento que vocês têm divulgado na imprensa”. 


As estimativas do ministro sobre a taxa de desemprego é uma alta de 8,8%,neste 1T23, causada pela alta na taxa de juros. 

Sobre o PIB, Haddad finalizou dizendo que: “Temos um processo de desaceleração que já dura 3 anos pelo aumento das taxas de juros. Subiram no Brasil a 13,75%, vão completar quase 1 ano de uma taxa bastante expressiva. É natural que a economia sofra uma desaceleração”.

O ministro também revelou suas projeções para o PIB do país/Foto: Shutterstock

Inflação 

Em sua entrevista, Haddad também deu sua projeção para a inflação acumulada de 2023. De acordo com o ministro, o índice deve ficar em 5,6%.

“A inflação vai surpreender para menos. Nossa projeção de inflação é menor do que a inflação projetada pelo mercado. Nós estamos com uma taxa de inflação projetada em torno de 5,5%. O mercado está com uma taxa de 6%”, destaca o ministro da Fazenda.

No Boletim Focus desta semana, divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC), projetou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 6,03% até o final deste ano.