Fique por dentro dos 5 principais assuntos desta terça-feira no Brasil e no mundo

Nesta terça-feira (23), o mercado financeiro no Brasil amanhece de ressaca após um dia negativo para o Ibovespa, que fechou em 0,38%, aos 110.322 pontos. O desempenho do principal índice da bolsa de valores foi puxado principalmente pelo fraco desempenho das duas maiores empresas da B3, a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR3).

A queda no preço das commodities teve grande influência para o desempenho negativo da mineradora. Nem mesmo as projeções mais animadoras do Boletim Focus, que reduziu as estimativas para a inflação no final do ano, serviram para manter o Ibovespa no mesmo ritmo dos últimos pregões. 

No lado corporativo, o destaque ficou com a Alpargatas (ALPA4), empresa detentora de marcas como a Havaianas. Que subiu mais de 17% nesta segunda, após o fundo Alpa e a Cambuhy, da família da Moreira Salles, apresentarem uma oferta pública de ações (OPA) para adquirir até 32 milhões de ações preferenciais da companhia e aumentar a sua aposta na Alpargatas.

2. Campos Neto sobre inflação

Durante um seminário nesta segunda-feira para falar sobre os dois anos de autonomia do Banco Central, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, deu novas declarações a respeito de uma eventual mudança na meta de inflação. Segundo ele, optar por uma modificação em meio à turbulências pode ser arriscado e gerar efeito contrário ao esperado.

Vivendo um ‘pé de guerra’ com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde o início do ano, Campos Neto acredita que uma mudança nas metas no futuro até podem ser bem-vindas, no entanto, para que seja feito de forma eficaz, é preciso saber a hora certa de agir.

Clique aqui para saber mais sobre as declarações dadas por Campos Neto.

3. Teto da dívida dos EUA longe de solução

Em pouco mais de uma semana o temido 1º de junho – data em que a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen afirmou que o departamento pode ficar sem dinheiro para pagarem a sua dívida – chegará, e os investidores norte-americanos ainda estão em busca de respostas sobre quais serão os próximos capítulos desta crise.

Em uma reunião nesta segunda, o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, se reuniu com o presidente norte-americano, Joe Biden, para discutir formas de pagamentos ou até mesmo um aumento do teto da dívida. Segundo McCarthy, o encontro foi positivo, mesmo sem ter terminado com uma definição clara sobre o que será feito nos próximos meses.

4. Governo tenta blindar arcabouço fiscal para votação

Em semana decisiva para o arcabouço fiscal, o governo federal vive sob a expectativa de que a medida seja aprovada na Câmara já nesta quarta-feira (24). Para que a proposta passe pela Casa, ela precisará de no mínimo 257 votos a favor, se aprovada, ela partirá para tramitação no Senado.

No entanto, desde que foi apresentado, o novo arcabouço fiscal já recebeu 40 emendas para que o texto seja alterado. A intenção do governo a partir de agora é conseguir evitar que novas emendas sejam apresentadas por deputados, o que poderia acabar atrasando a aprovação, caso fosse preciso alterar mais uma vez o texto de forma significativa.

5. Bitcoin opera em alta de olho em teto da dívida

Nesta terça, o mercado das criptomoedas voltou a operar em alta, de olho principalmente no teto da dívida norte-americana. A reunião de Biden e McCarthy nesta segunda passou uma tranquilidade maior para os investidores que agora confiam na palavra do presidente do país de que não haverá um calote da dívida.

Por volta das 8h, o Bitcoin subia cerca de 1,80%, sendo negociado por US$ 27.307. O desempenho positivo pode ser visto em todo o mercado de criptoativos, indicando uma tendência de alta entre a maioria das moedas. Até o final de semana, o mercado ainda deverá ser impactado com a ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), e dados de inflação, como o PCE.