Bolsas da Europa fecham em queda com dados econômicos fracos e atenção na dívida dos EUA
Mercados acionários repercutem informações do PMI
As Bolsas da Europa finalizaram o pregão desta terça-feira (23) em queda após a publicação de dados preliminares sobre os índices de gerentes de compras (PMIs) do continente. Eles apresentaram uma desaceleração da atividade econômica.
Os mercados acionários reagiram, ainda, ao pessimismo em relação ao teto da dívida dos Estados Unidos.
A data limite para que o Tesouro do país possa ficar sem dinheiro para arcar com os compromissos financeiros, segundo a secretária do departamento, Janet Yellen, seria no dia 1º de junho.
Dados econômicos pessimistas
As informações preliminares sobre a atividade econômica da região em maio foram divulgadas pelo S&P Global. Assim, de acordo com a publicação, o PMI composto da zona do euro apresentou um recuo para 53,3 neste mês.
A quantia ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma pontuação de 53,5, e indicou uma desaceleração na atividade do conjunto de países.
No Reino Unido, o indicador também caiu, por sua vez, para 53,9. Em comparação ao registrado no mês anterior, a diminuição foi de 1,00 ponto.
Este é o menor nível do medidor em dois meses e fica 0,2 ponto abaixo das projeções dos analistas consultados pelo veículo The Wall Street Journal.
Apesar disso, a Alemanha apresentou uma ligeira alta no medidor, que atingiu uma pontuação de 54,3 em maio ante 54,2 em abril.
A alta foi pressionada pela aceleração do PMI de serviços do país, que foi de 56 pontos para 57,8 no mês, mas influenciada pela queda de 44,5 para 42,9 pontos do indicador da área industrial.
“Houve uma grande queda nos pedidos à indústria, especialmente de outros países. Isso indica que o nível de produção da indústria alemã deverá cair para o nível mais baixo e vai chegar aos que foram registrados em 2018 e 2019”, disse Dr. Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank (HCOB).
Na França, a prévia do PMI Composto para o mês de maio caiu para 51,4 pontos, ante pontuação de 52,4 em abril.
Além disso, no conjunto de países que utilizam o euro como moeda oficial, o PMI Industrial do período também apresentou quedas, desacelerando abaixo da marca de 50 pontos — a 44,6, prevendo que a produção da região tenha caído para o menor nível desde junho de 2020.
O setor de serviços do PMI também recuou, de 56,2 no mês de abril, para 55,9 em maio.
Para de la Rubia, as empresas do setor manufatureiro estariam menos otimistas com sua produção durante os próximos doze meses. Isso, para o economista-chefe, seria “evidenciado não apenas pela significativa queda nos novos pedidos, mas também pela redução nos estoques de insumos intermediários e nas compras desses insumos”.
Bolsas fecham em queda
Reagindo aos dados preliminares pessimistas e ao teto da dívida dos Estados Unidos, as bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda ao fim da sessão de negociações desta terça-feira (25).
O índice Stoxx 600, que reúne 600 ações de 17 países da Europa, finalizou o dia com uma queda de 0,60%, aos 466,1 pontos.
Na bolsa de Londres, o medidor FTSE 100 atingiu o fim do pregão com um recuo de 0,10%, com uma pontuação de 7.762,95 e, em Paris, o CAC 40 caiu 1,33%, chegando à marca de 7.378,71 pontos.
O italiano FTSE MIB, por sua vez, finalizou o dia com uma redução de 0,50%, para uma pontuação de 27.174,97.
Na bolsa de Madri, o Ibex 35 também chegou ao fim do pregão com uma desvalorização de 0,41%, aos 9.267,00 pontos.
O único mercado acionário a fechar esta terça com altas foi o português PSI 20, que somou um avanço de 0,35%, com pontuação de 6.015,90.