Argentina lança cédula de 2 mil pesos em meio à escalada de inflação – ESTOA

Argentina lança cédula de 2 mil pesos em meio à escalada de inflação

Cecilia Grierson e Ramon Carrillo estampam nova nota no país


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Ontem (22), o Banco Central da República Argentina (BCRA), divulgou uma nova cédula, no valor de 2 mil pesos, o equivalente a R$ 40, com o maior valor nominal em circulação do país. A nação tem passado por um período de inflação acelerada. 

Banco Central da Argentina  

De acordo com o Banco Central da República Argentina (BCRA), essa é uma medida do país para facilitar as transações bancárias, para que assim seja possível aliviar a sobrecarga de caixa eletrônicos.  

“Enquanto avançamos no processo de digitalização dos pagamentos, a nova cédula deve otimizar transferências em dinheiro e o funcionamento dos caixas automáticos”, afirma o BCRA. 

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Em um comunicado, o BCRA disse que: “A forma como as pessoas efetuam pagamentos em nosso país vem passando por uma importante mudança rumo a uma maior utilização dos meios eletrônicos, processo fortemente impulsionado pelo BCRA por meio de medidas e programas inovadores e de alto impacto, como o Transferências 3.0”. 


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“À medida que o processo de digitalização dos pagamentos avança, esta fatura de maior valor melhora o funcionamento dos caixas eletrônicos e, ao mesmo tempo, otimiza a transferência de dinheiro”, destaca a instituição. 

Nova cédula em circulação

De acordo com a cotação oficial, a nova nota equivale a US$ 8,20, que em reais fica na faixa dos 40, entretanto, em um valor paralelo, o equivalente é de mais de US$ 5, equivalente a cerca de R$ 20.  

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Um dos rostos estampados na nova cédula é da primeira mulher a conseguir um diploma médico na Argentina, Cecilia Grierson e do ex-ministro da Saúde do país, Ramon Carrilho. 

Cecilia Grierson e Ramon Carrillo estampam nova nota de 20 mil pesos na Argentina/Foto: AFP/Banco Central da Argentina

Inflação na Argentina

A Argentina tem passado por uma crise em sua economia, devido ao Índice de Preços ao Consumidor do país ter registrado um aumento de 8,4%, ficando acima de alguns países em tendências inflacionárias descontroladas, como o Chile e a Venezuela. 

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Desta forma, a Argentina também registra seu terceiro mês consecutivo de inflação anual acima dos 100%. 

Em relação ao mês anterior, a taxa de inflação no país teve um acumulado de 32% e 108,% de taxa interanual. De acordo com os analistas, a inflação da Argentina pode ficar até 126% em 2023.

O BCRA, elevou a taxa de juros de 91% para 97%, no dia 15 de maio, com o objetivo de combater a inflação alta do país nos últimos meses.


Em um anúncio feito pelo governo da Argentina, o BCRA disse: “retornos reais positivos sobre os investimentos em moeda local [rumo à rentabilidade] e atuar imediatamente para evitar que a volatilidade financeira aja como um motor das expectativas de inflação”. 

O governo de Alberto Fernández anunciou um pacote emergencial de medidas econômicas. Uma das propostas  é aumentar a taxa de juros em 97% ao ano, assim como também uma intervenção direta do Banco Central no câmbio da Argentina. 

Além da alta na inflação, o país teve perdas no setor agroexportador. Em janeiro deste ano, a Argentina perdeu cerca de US$ 5,5 bilhões  de suas reservas internacionais.