Novas modalidades do PIX começam a funcionar hoje
Entenda como vai funcionar o PIX Saque e PIX troco, novas modalidades que facilitarão o pagamento entre pessoas e empresas
Recentemente, no dia 16 de novembro, o PIX, sistema de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central (BC), completou um ano de existência. Desde a sua implementação, o uso do mecanismo vem se tornando cada vez mais comum na vida dos brasileiros e mostrando que a união da praticidade e a segurança podem trazer muito mais facilidade na hora de pagar uma conta sem a necessidade de enfrentar filas, por exemplo.
Pensando em aprimorar o que já vem dando certo, o BC lançou nesta segunda-feira (29), o PIX Troco e o PIX Saque, que são novas modalidades de pagamento via PIX que fazem parte da Agenda Evolutiva do sistema.
De acordo com o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, “o propósito do BC é aumentar a capilaridade de pontos de retirada de recursos em espécie aos usuários finais do Pix, além de promover o aumento da eficiência nos serviços de saque por meio da redução de custos e de melhorias nas condições de oferta e de precificação”.
A principal funcionalidade desses recursos é fazer uma espécie de saque em estabelecimentos comerciais. Para isso, os locais precisam se registrar para ofertar este serviço.
COMO VAI FUNCIONAR
O Pix Saque permitirá que todos os clientes de qualquer participante do Pix realizem um saque em um dos pontos que oferecem o serviço. Para ter acesso aos recursos em espécie, basta que o cliente faça um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar a de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.
No caso do Pix Troco, a dinâmica é idêntica, com a diferença que o saque de recursos em espécie acontece junto com a realização de uma compra no agente de saque. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque).
O extrato do cliente evidenciará o valor correspondente ao saque e o valor correspondente à compra. Caso o cliente faça uma compra de R$200 ele pode fazer PIX de R$250 e receber R$50 de troco.
Com o objetivo de garantir mais segurança aos usuários e aos estabelecimentos, essas novas modalidades terão limite de transações durante o dia e a noite. Segundo o Banco Central, o limite máximo é de R$500 durante o dia, e R$100 durante a noite em ambas modalidades.
Para os estabelecimentos que decidirem ofertar os novos serviços, uma taxa por transação será cobrada. O valor pode variar de R$0,25 a R$0,95 dependendo da negociação com a sua instituição de relacionamento
Em nota, o Banco Central afirmou que “para o Sistema Financeiro Nacional (SFN), as melhorias representam um incentivo constante à digitalização e à redução de custos nas operações, e ainda estimula a competição, ao facilitar a oferta de serviço de saque por fintechs e instituições digitais, nivelando condições concorrenciais”.
FUTURO DO PIX
A intenção do Banco Central é cada vez mais aprimorar e ofertar serviços do PIX aos clientes e estabelecimento. De acordo com a Agenda Evolutiva divulgada pela instituição, está previsto ainda para o ano de 2021 o QR do Pagador que viabiliza QR code gerado pelo pagador para situações de falta de acesso à conta transacional por falta de conectividade.
Trabalhado na agenda evolutiva de 2021, mas com entrega definida apenas para o segundo semestre de 2022, estão ainda o chamado Pix Garantido e o débito automático no Pix.
O primeiro deve fazer as vezes de pagamentos por cartão de crédito ou pré-datado; o segundo permitirá o agendamento de remessas recorrentes, a exemplo do que já pode ser praticado junto aos bancos.