Índice de Fundos Imobiliários atinge recorde de queda em 2021 – ESTOA

Índice de Fundos Imobiliários atinge recorde de queda em 2021

Os principais motivos para a desaceleração dos Fundos Imobiliários envolvem o cenário macroeconômico do Brasil e a desvalorização do real


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Os investidores de Fundos Imobiliários (FIIs) estão passando por dores de cabeça em 2021. O principal motivo para a enxaqueca são os resultados ruins do principal índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa, o IFIX, no ano. 

De acordo com dados da B3, o índice apresentou uma queda de mais de 11% ao longo do ano. Além disso, no dia 26 de novembro o indicador caiu 0,18%, aos 2.541 pontos. 

Foi a pior semana do Ifix desde a iniciada no dia 20 de junho, quando o índice caiu 3,15%. No mês, as baixas somam 5,01%.

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Imagem: Gráfico da pontuação do índice IFIX na B3

MOTIVOS

Os motivos para a queda dos resultados dos Fundos Imobiliários são variados. Entre elas podemos citar o cenário macroeconômico do Brasil. O constante aumento da taxa básica de juros (Selic) e a alta taxa de inflação são influenciadores da situação. 

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Isso se deve ao fato de que quanto mais você aumenta a Selic, você diminui a capacidade de financiamento dos compradores e também acaba freando o setor imobiliário como um todo

Outro ponto a ser analisado é a desvalorização do real em relação ao dólar, que por consequência gera problemas na economia doméstica e cria empecilhos práticos para as obras, onde os insumos ficam mais custosos. 

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OUTROS CAMINHOS

Apesar do cenário negativo, os especialistas fazem previsões positivas para o futuro dos FIIs e projetam novas estratégias para driblar a crise no setor. 

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Uma das principais virtudes do investidor em Fundos Imobiliários é a paciência. Isso se deve a característica volátil da renda variável que pode oscilar os valores das ações diariamente, porém, em um cenário de longo prazo, podem render ganhos expressivos. 

Para Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, os FIIs ainda chamam a atenção, principalmente em uma estratégia de longo prazo.

“Acho que pensando mais para longo prazo, comprar FIIs relacionados a shoppings pode ser uma boa. Ou, se você quer uma segurança pensando em renda, vale muito a pena entrar em fundos de recebíveis, chamados de fundo de papel, que continuam super bem”, disse.

Imagem: Galpão logístico

Por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas estão preferindo fazer compras online. Um Estudo da Neotrust, empresa especializada em inteligência de mercado, prevê aumento de 18% do faturamento do e-commerce durante a edição 2021 da Black Friday.

Com isso, o mercado de fundos imobiliários pode ser beneficiado. “Os galpões logísticos também surfaram bem, com os e-commerces, demandando estrutura. Já em relação aos de lajes corporativas, o investidor tem que tomar muito cuidado para ter certeza de que o fundo está com um ativo bom e que ele não ficará vago”, afirmou Bruno.

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Introduzido no Brasil no ano de 1993 pela Lei 8668/93, os fundos imobiliários são conceituados como um fundo de investimento fechado onde os investidores reúnem recursos que são aplicados em conjunto no mercado imobiliário. A principal atividade realizada com esse dinheiro é para a construção de imóveis para venda ou locação. 

Dessa forma, os fundos imobiliários são considerados de renda variável, pois não é possível prever o quanto será recebido após o investimento e também há uma série de situações que podem influenciar o valor final. 

Os FII’s são de responsabilidade de um administrador principal, é ele quem faz a soma dos recursos do fundo e divide em cotas o valor adquirido. É ele também quem decide como investir, que no caso será em ativos imobiliários. 

Entre eles, podemos citar:

  • Imóveis residenciais
  • Shoppings
  • Sedes empresariais
  • Hospitais
  • Galpões logísticos
  • Entre outros.

Principais Fundos Imobiliários do Brasil

BB Progressivo (BBFI11B)
Valora RE III (VGIR11)
XP Crédito (XPCI11)
Kinea Rendimentos Imobiliarios FII (KNCR11)
RBR Rendimentos High Grade (RBRR11)