Mercado financeiro eleva projeção do PIB para 1,26% em 2023 – ESTOA

Mercado financeiro eleva projeção do PIB para 1,26% em 2023

As expectativas para os outros anos permaneceram as mesmas


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De acordo com o Boletim Focus desta segunda-feira (29), o mercado financeiro elevou suas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 1,26% neste ano. Apesar do avanço de 0,6%, as expectativas para os próximos anos continuaram as mesmas.

Além disso, o conjunto de economistas e instituições consultados pelo Banco Central (BC) também reduziram as projeções para a inflação brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Crescimento do PIB

Nesta edição do relatório publicado semanalmente pelo BC do Brasil, os consultados elevaram suas projeções para a expansão econômica do país, de 1,20% para 1,26%. Esta é a terceira semana seguida de altas.

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Nos próximos anos para os quais o documento compila expectativas, as quantias se mantiveram as mesmas: 1,30% em 2024; 1,70% em 2025 pela segunda semana seguida; e 1,80% em 2026 pela oitava edição consecutiva.
Esta é a primeira publicação do relatório após a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, que ocorreu na noite da última terça-feira (23).

A vitória se deu com uma margem ampla, com 372 votos favoráveis. Para atravessar a casa, eram necessários 257 posicionamentos a favor. Houveram, apenas, 108 votos contrários.

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A nova previsão do Focus vai de encontro com a projeção do Banco Central, divulgada pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicada em março deste ano, de 1,2%. 

No entanto, ainda se distancia das expectativas oficiais do Ministério da Fazenda, entre 1,61% e 1,91%, publicadas ainda durante a semana passada.

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Inflação

Além da alta nas expectativas para o crescimento econômico brasileiro, as instituições e economistas consultados pela autoridade monetária reduziram suas projeções para o IPCA, o medidor oficial da inflação no país.

Eles esperam que o medidor finalize o ano aos 5,71%, indicando um recuo de 0,10% ante a previsão da semana passada. Esta é a segunda redução seguida indicada pelo documento.

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Apesar disso, a quantia ainda fica acima da meta da inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.


Isso quer dizer que o limite pode ser considerado formalmente cumprido caso finalize o ano entre 1,75% e 4,75%.

Para os próximos anos, as previsões permaneceram inalteradas: 4,13% em 2024; 4,00% em 2025 pela nona semana seguida; e 4,00% no ano de 2026 pela décima edição consecutiva do relatório.

Taxa Selic

O mercado financeiro manteve suas apostas para a Taxa Selic, os juros básicos da economia, ao fim deste ano, prevendo que o medidor deva finalizar 2023 aos 12,50% pela sexta semana consecutiva.

Atualmente, o custo dos empréstimos se encontra em 13,75% desde o mês de junho de 2022. O próximo encontro do Conselho Monetário Nacional (Copom) do Banco Central deve ocorrer no próximo dia 21 de junho.

As previsões se mantiveram as mesmas também para os anos de 2024 e 2025, ficando em 10,00% pela décima quinta edição seguida e em 9,00% pela décima sexta semana consecutiva, respectivamente.

A única alteração, no entanto, se deu para o ano de 2026, onde esta edição apresentou uma alta de 0,25% na projeção, para 9,00%.

Câmbio

Também foram feitas alterações nas previsões para a cotação do dólar ante o real. Para este ano, a redução de R$ 0,04 fez com que as expectativas atingissem os R$ 5,11. Esta é a segunda semana seguida em que as apostas recuam.

Para o ano de 2024, também houve uma queda de R$ 0,03, fazendo com que as projeções chegassem aos R$ 5,17. Para 2025 (R$ 5,20%), porém, não foram feitas mudanças.

A perspectiva para 2026 encontrou sua segunda queda seguida, atingindo os R$ 5,25.