Tributos para compras internacionais, dívida pública federal, e o que move os mercados nesta terça
Depois de anunciar uma proposta para a retomada dos carros populares, um dos próximos anúncios a serem finalizados pelo governo Lula pode ser a regulamentação das compras internacionais. Recentemente, o assunto gerou uma certa rejeição por parte dos brasileiros, quando o governo anunciou em meados de abril que iria acabar com a isenção para compras de até US$ 50.
Nesta segunda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que nos próximos dias o Ministério comandado por ele deverá apresentar o novo plano com parâmetros e alíquotas já definidos. A princípio, o governo não criará um novo imposto, mas o programa batizado como ‘Remessa Conforme’ servirá para que os tributos sejam pagos antes de chegarem ao Brasil, e também diminua possíveis fraudes.
2. Dívida pública federal chega a R$ 6 trilhões
No último mês de abril, a dívida pública federal (DPF) subiu mais uma vez, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira. De acordo com o órgão, a soma da dívida interna e externa apresentou um crescimento de 2,3% durante o último mês, chegando a marca de R$ 6,03 trilhões. Em março, a DPF estava em R$ 5,8 trilhões.
Os números divulgados pelo Tesouro mostraram ainda que a parcela da dívida pública a vencer daqui a 12 meses cresceu, saindo de 22,09% em março para 22,90% durante o mês de abril. Além disso, o total de investidores estrangeiros com participação na dívida caiu no último mês, saindo de 9,74% para 9,51%.
3. Gasolina deve subir em quase todo o Brasil
A partir da próxima quinta-feira (1º) a mudança no modelo de cobrança do ICMS de cada estado entrará em vigor e a alíquota será única na variação real por litro em todo o Brasil. Nesse princípio, a taxa será de R$ 1,22 por litro, o que causará uma flutuação nos preços, visto que a média anteriormente era R$ 0,20 mais barata.
Os únicos estados que não devem ser afetados negativamente são: Amazonas, Piauí, Alagoas e Roraima, pois eles possuíam uma alíquota maior do que a que será praticada a partir do dia 1º. Por outro lado, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão – estado que mais deve sofrer com a mudança – os consumidores irão sentir a mudança no bolso.
4. Após feriado, bolsas internacionais abrem em alta
Nesta terça-feira (30), as principais bolsas internacionais amanheceram em alta, principalmente nos Estados Unidos, onde todos os índices futuros apresentavam um cenário positivo. O ânimo dos investidores surge após um final de semana prolongado em meio ao feriado do Memorial Day desta segunda, quando as bolsas ficaram fechadas.
O desempenho positivo de índices como o S&P 500 Futuro e o Nasdaq Futuro deverá ser testado nas próximas semanas, principalmente com a possível votação do acordo para a ampliação do teto da dívida que foi acertada entre o presidente norte-americano Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, e está prevista para começar nesta quarta e terminar com um desfecho positivo para o país.
5. Lula assinará decreto cripto
Nas primeiras semanas de junho, o mercado das criptomoedas e os investidores que possuem algum ativo dessa natureza ficarão de olho no Brasil, com a possível assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do decreto que vai regular a Lei das Criptomoedas. A proposta deverá ainda indicar quais órgãos ficarão com o cargo de regular o mercado no país (Banco Central e CVM).
Nesta manhã, as principais criptomoedas amanheceram em alta, com destaque para o Bitcoin e para a Ethereum, que cresceram quase 1% nas primeiras horas do dia. O Bitcoin amanheceu com uma valorização de quase 1%, sendo negociado por US$ 27,945 mil. Já a Ethereum teve uma valorização semelhante e chegou a US$ 1.911.