BCE eleva taxa de juros em 0,25% e registra maior nível desde 2001
Assim como a alta no índice, a zona do euro também sofreu alterações
Nesta quinta-feira (15), o Banco Central da Europa (BCE), divulgou uma alta na taxa de juros em sua política de contenção, portanto, aumentando o índice em 0,25% e registrando a maior alta em 22 anos.
Ontem (14), o Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve (Fed), tomou uma decisão contrária ao BCE, mantendo a taxa de juros para amenizar os riscos.
BCE
A taxa principal de refinanciamento da instituição possui 4,0%, enquanto a taxa de depósitos e empréstimos marginais foi para os 3,50% e 4,25%, registrando a oitava sustentável na autoridade europeia, de acordo com as estimativas do mercado.
O BCE disse que a decisão era adquirir pressões de preços, apesar dos dados que mostram sinais de desaceleração na política monetária. No mês de maio, a inflação do bloco desacelerou cerca de 6,1%. Por mais que a margem esteja diminuindo, as estimativas são de que ela continue elevada por mais um tempo.
As projeções do BCE para os próximos anos mostram uma inflação de 5,4% para este ano. Já para 2024 ficou em 3,0% e 2025 em 2,2%.
Em um comunicado, o BCE disse que: “A economia apresenta‑se fraca atualmente, mas deverá recuperar mais para o final do ano, principalmente pelo setor de serviços que apresentam um bom desempenho. Além disso, Criou‑se quase um milhão de novos postos de trabalho durante os primeiros três meses do ano, e os salários de muitos trabalhadores continuam a aumentar”.
“Com a subida das taxas de juro, menos empresas e famílias estão a contrair empréstimos. Estamos a acompanhar de perto a forma como as taxas de juro mais elevadas afetam a economia”, destaca.
A instituição ainda afirma que projeta um crescimento de 0,9% da taxa de juros até o fim deste ano e que para 2024 a esperança é que haja uma recuperação de 1,5%.
De acordo com Isabel Schnabel, participante do comitê executivo do BCE, os efeitos da política monetária podem apresentar: “uma grande incerteza sobre a força e a velocidade deste processo”.
Zona do Euro
Assim como a alta na taxa de juros, a zona do euro também sofreu alterações e registrou um aumento nos preços que resultou em uma queda de 6,1% na comparação anual em maio, portanto, ficando abaixo do último recorde que foi de 10,6% em outubro de 2022, assim como também longe da meta de 2% feita pelo BCE.
No entanto, por mais que a zona do euro tenha alterado, mesmo assim o Produto Interno Bruto (PIB) dos 20 países que compartilham a moeda única recuou em 0,1% entre janeiro e março.
China
Já na China, a principal taxa de juros sofreu um corte, nesta quinta (15), devido ao objetivo de impulsionar o crescimento, após a divulgação dos dados bem abaixo das expectativas.
As vendas de varejo do principal indicador asiatico o consumo de família, teve aumento de 2,7% na comparação anual em maio, ante 18,4% no mês de abril, assim como o índice de desemprego entre os jovens de 16 a 24 que registrou alta de 20,8%.
Bolsas na Europa
Após os resultados da taxa de juros, as Bolsas na Europa reagem de forma negativa no mercado, com o índice pan-europeu Stoxx 600 em baixa de 0,13% no pregão, a 464,32 pontos.
Em Frankfurt, o Dax fechou o pregão com queda de 0,13%, no total de 16.290,12 pontos. O CAC 40 em Paris diminuiu 0,51%, cerca de 7.290,91 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,28%, a 27.731,78 pontos., enquanto em Madri o Ibex 35 teve queda de 0,02%, em 9.430,80 pontos. No entanto, em Lisboa o PSI 20 teve ganho de 0,57%, a 6.039,36 pontos.