Ações da BRF (BRFS3) sobem 9,94% após oferta pública – ESTOA

Ações da BRF (BRFS3) sobem 9,94% após oferta pública

A BRF apresentou, ontem (4), uma oferta pública primária de 500 milhões de ações ordinárias


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As ações da BRF (BRFS3) tiveram alta, nesta quarta-feira (5), de 9,94% às 14:32 (horário de Brasília), no total de R$ 9,84 . 

Ontem (4), a empresa anunciou, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma oferta pública primária de suas ações, portanto, resultando na alta de seus papéis na Bolsa de Valores Brasileira (B3).  


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Oferta pública 

A oferta pública das ações da BRF foi feita através da SALIC no mês de maio, a da Marfrig (MRFG3), que disse se responsabilizar com o aumento de capital de até 500 milhões de ações da empresa, com  250 milhões de ações, no total de 50% sendo subscritas pela SALIC, e os outros 50% investidos pela Marfrig.

A BRF apresentou ontem o pedido de registro para a oferta pública primária de  500 milhões de ações ordinárias, que, de acordo com as informações divulgadas pela empresa, a quantidade inicial de ações ofertadas deve aumentar cerca de 20%, o equivalente a 600 milhões. 

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Segundo a empresa, a oferta pública de ações é uma forma de aumentar sua estrutura de capital para que assim seja possível diminuir o endividamento. No primeiro truste, a empresa havia registrado uma dívida líquida de R$ 15,3 bilhões, com um prejuízo líquido no total de R$ 1,024 bilhão.

O CEO da BRF, Miguel Gularte, disse que a empresa passou por “problemas conjunturais” devido a demanda alta de carne de frango no mercado global, que elevou no Brasil ao um registar um aumento na taxa de juros, portanto, afetando o consumo dos alimentos.

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Acionistas da BRF 

Além da oferta pública, os acionistas da empresa haviam aprovado a retirada da poison pill, que são as regras relacionadas ao cálculo do preço por ação para ofertas públicas de aquisição de ações, ou OPA, por atingimento de participação relevante. 

Isso porque a poison pill era acionada quando um investidor ultrapassa 33,33% do capital da BRF, entretanto, a Marfrig já possui cerca de 33,27% da BRF, com a oferta pública chegando até 38,7%. 

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Opinião dos analistas 

Em uma assembleia organizada pelos acionistas atuais do Santander, os analistas estimaram um curto prazo de R$ 400 milhões e R$ 500 milhões em economia de despesas financeiras pela BRF. 

“Estimamos uma economia de R$ 400-500 milhões, sendo que a redução da carga financeira também permitirá que a administração se concentre mais na recuperação das operações em vez de na gestão financeira”, destaca o banco. 


O banco também aponta que: “a geração de Fluxo de Caixa Livre (FCF) pode ser positiva em, aproximadamente, R$ 270 milhões (vs. nossa estimativa para um FCF negativo de cerca de R$ 90 milhões em 2024)”. 

“Dito isso, os riscos atuais relacionados à gripe aviária no Brasil nos impedem de sermos mais positivos na BRF, dados os efeitos negativos de um surto mais amplo poderia ter sobre o setor, mesmo considerando uma perspectiva favorável de custos para o segundo semestre de 2023”, apontam os analistas do Santander. 

Já o Morgan Stanley, a oferta pública pode ser positiva: “Os desafios continuam a ser uma realidade”. O banco projeta que o BRF economize entre R$ 550 milhões e 650 milhões ao ano em despesas financeiras.

A negociação dos papéis da BRF na Bolsa está previsto para o dia 17 de julho, com a liquidação correndo no dia seguinte da venda, com a operação coordenada pelas instituições financeiras JPMorgan, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citigroup Brasil, Itaú BBA, Safra, UBS Brasil e da XP Investimentos. 

Já a demanda inicial de ações ofertadas poderá ser acrescida em até 20% do total até o encerramento das negociações.