Juros negativos: Os impactos desse fator no mercado financeiro

Quando uma pessoa investe seu principal objetivo é esperar o dia do vencimento da aplicação e recolher o valor que investiu mais os juros que foi gerado de acordo com o valor da taxa básica, quando um cenário de juros negativos ocorre o valor do recolhimento é menor, fazendo com que o investidor pague os juros. 

Melhor dizendo, os juros negativos são as captações dos juros que seriam pagos aos investidores para pagamentos de inadimplência gerada por empréstimos feitos pelas instituições financeiras.

Entenda o conceito e o cenário de juros negativo

Quando a taxa selic está abaixo de zero significa que há uma reestruturação no mercado econômico em pode haver dois cenários negativos para a taxa básica de juros, que são os juros nominais negativos.

Quando em uma nomenclatura nominal há uma porcentagem mostrando os juros em uma porcentagem menor que zero, e quando ocorre uma inflação maior que a taxa de juros, mesmo que a nomenclatura da taxa selic esteja maior que zero, ocorre os juros reais negativos. 

É por conta de cenários econômicos assim que uma instituição financeira prefere fazer empréstimos para as pessoas ou para empresas, pois dessa forma não ficarão com o dinheiro parado e não correrão o risco de ter esse dinheiro parado ser descontado para o Banco Central.

O dinheiro também não será tão desvalorizado conforme a taxa que será paga pelo Banco Central. 

Ou seja, há uma inversão do pagamento das taxas para que o mercado seja equilibrado. 

Quando uma taxa de juros é baixa, o valor de juros que o banco cobrará ao emprestar também será baixo, então há créditos disponíveis com mais facilidade, então quando a taxa básica de juros está mais alta, os créditos são emprestados com mais dificuldade. Isso em casos de investimentos de dívida pública.

Quando há um cenário em que acontece uma taxa de juros negativa, é quando um país está em crise e pretende sair dessa crise, e consequentemente afeta os investidores.

Já ocorreu em alguns países cenários de crise econômica como no ano de 2008, quando teve uma crise mundial de taxas de juros negativas, em que o mercado imobiliário dos Estados Unidos esteve envolvido em uma especulação, e surgiu um bolha, com valores de imóveis muito altos, acima do que os investidores pudessem pagar, aumentando as taxas de juros e a inflação.

A origem dessa crise foi o empréstimo sem critérios de perfil financeiro e de renda para os tomadores de empréstimos, era disponibilizado pelos bancos o acesso aos créditos e no momento em que os tomadores de empréstimos deveriam pagar de volta aos bancos, não tinham como e então começou a ter consequências, basicamente era uma proporção superior de dívida em relação a uma porcentagem inferior de dinheiro disponível.

Quando a economia estava nesse cenário, os investidores acharam melhor recolher os empréstimos que tinham feito, mas como faltavam recursos por conta das hipotecas caras os bancos centrais de diversos países diminuíram a taxa selic.

Aqueles que já tinham uma taxa básica baixa, chegaram a menos de zero, o que levou a taxa de juros nominal negativa, que foi em três países europeus e no Japão. Já os Estados Unidos tiveram uma taxa de juros real negativa.

Esta crise implicou na quebra do banco Lehman Brothers no dia 15 de setembro de 2008, conhecido também como segunda-feira negra.

Consequências de juros negativos para os investidores

Para os investidores de renda fixa, a taxa selic baixa ou negativa interfere em cálculos positivos dos investimentos como os do tesouro direto, e por isso a procura para investimentos da bolsa de valores, por exemplo, aumenta. Os investidores passam a aplicar em renda variável, mesmo que sejam tidos como mais arriscados, são vistos como um forte impulso para que as taxas de juros fiquem maiores que zero e as ações sejam negociadas e recebam aplicações.