Mercantilismo: Sistema econômico da Idade Moderna

Após o sistema feudal, que era a forma que se organizava as práticas econômicas do capitalismo na Idade Média, criou-se outras práticas, também baseadas na ideia do capitalismo, que defende prioritariamente a propriedade privada e o acúmulo de capitais, conhecido como Mercantilismo.

Atualmente, é usado o dinheiro, advindo da impressão de moedas metálicas e papel-moeda.  

O mercantilismo esteve em evidência por quatro séculos, do século XVI ao XIX (século 15 ao 19), em uma fase histórica em que o poder absoluto estava vigorando. 

Conceito de mercantilismo e as suas características

Mesmo o mercantilismo visando ideias em que o acúmulo de capital individual era defendido, ele foi colocado em prática com políticas econômicas em uma época em que pessoas tiranas estavam na posição de poder.

Eram essas pessoas que tomavam decisões para fins próprios e não para terem sucesso em uma administração eficaz para a economia e sociedade do país, como dito anteriormente, em uma época de um sistema monárquico absolutista.

Pelos absolutistas, a nobreza e os burgueses, foi visto então no mercantilismo a oportunidade de implantar um sistema que acumulasse capitais por meio do metalismo, em que o Estado acumulava muitas riquezas, e por isso eram bem vistos economicamente, e consequentemente preparados para enfrentarem conflitos e guerras.

Ou seja, o mercantilismo era um sistema baseado no capitalismo que tinha como atividade intervir na economia, adquirindo para o governante, o rei, metais preciosos em grande quantidade.

O mercantilismo absolutista era composto por distintos mecanismos e práticas, como por exemplo, o acúmulo de metais preciosos se deu pelo metalismo, medindo a riqueza do Estado, a proteção da economia interna.

Ou seja, era a aplicação do protecionismo, em que não há o consumo de produtos estrangeiros em um país, vale lembrar que isso não implica ausência de exportações, apenas importações.

A maximização do Estado intervindo na economia, expandir as práticas marítimas para adquirirem mais metais, provenientes do metalismo, os países absolutistas e consequentemente mercantilistas tinham monopolizado os territórios dos quais colonizaram.

Então com a expansão marítima em procura de metais preciosos, símbolos de riqueza eram encontrados territórios que poderiam ser colonizados e dessas colônias proviam diversas riquezas ao país e também entre a burguesia e a nobreza.

Para que o protecionismo fosse eficiente para mais vendas e exportações, era taxado e cobrado tributos altos de quem fizesse importações, e por isso era algo pouco praticado, afinal não valeria a pena pagar o valor do produto importado mais os impostos sobre ele.

O mercantilismo e o Pacto Colonial

No ano de 1500, no século XV, o Brasil foi encontrado pelos portugueses, pois era necessário viagens de caravelas para a procura de metais preciosos que estimulasse o mercantilismo, então a procura desses metais foram achados no Brasil, e o país da américa do sul foi colonizado e monopolizado por meio do pacto colonial.

Nessa época era feito uma troca pelas riquezas que as terras brasileiras entregavam por produtos poucos valiosos precedentes de Portugal.

O pacto colonial não proporcionou uma troca justa entre os países colonizadores para os colonizados, no Brasil por exemplo, era feita a troca de Pau-Brasil ou de ouro encontrados nas minas, em Minas Gerais, por produtos comercializados e produzidos em massa em Portugal. 

Basicamente, o Brasil serviu para o mercantilismo como fonte de riqueza por um valor mais baixo do que tinha, por isso que na história o Brasil foi visto como um país explorado pelo sistema mercantilista aplicado pelos portugueses.

Entenda as ideias que contrariam o mercantilismo

O liberalismo econômico é uma ideologia social econômica em que visa mais liberdade para o mercado financeiro de um país e que tal liberdade provém mais liberdade individual e consequentemente social.

Essa é uma posição contrária ao mercantilismo, que requer apenas adquirir riqueza para uma influência e status superiores a de outras nações. 

Tinha como principal e importante teórico Adam Smith, que dizia que a riqueza de uma nação era a causa de trabalho, ou seja, a riqueza e os tesouros devem significar e representar o esforço de produção de bens e serviços. 

O mercantilismo e o liberalismo, mesmo provenientes  de uma estrutura capitalista, tem como práticas acumular a riqueza de formas diferentes, enquanto o mercantilismo propõe intervir na economia, o liberalismo tem medidas econômicas em que o Estado está pouco presente na economia.

Os fisiocratas, que também eram liberalistas, viam a agricultura como fonte de riqueza e não a colonização e exploração de outros países, de forma que tomam a riqueza deles para si.