A grande depressão: Entenda o que foi e suas consequências

A grande depressão foi o colapso do capitalismo e do liberalismo econômico, acabou ficando conhecido como uma crise de superprodução.

A grande depressão foi uma grave crise econômica que surgiu nos Estados Unidos, porém se espalhou para a maioria dos países espalhados pelo mundo.

Conhecida como Crise de 29, a grande depressão foi causada pela superprodução e a especulação financeira, o que acabou marcando a decadência do liberalismo econômico.

Antes da crise econômica

Antes da crise de 29, os Estados Unidos já eram apontados como a grande potência econômica na época, antes mesmo da primeira guerra, o país já se destacava nos quesitos financeiros e militares.

Por conta do rápido crescimento econômico americano pós guerra, a década de 20 foi um período de grande euforia econômica, onde houve aumento do consumo de mercadorias, consolidando o estilo de vida americano.

Essa euforia econômica resultava em uma população consumista, levando as pessoas a adquirirem carros e eletrodomésticos de maneira desenfreada. Isso era causado pela falta de regulamentação ou intervenção estatal.

Quebra da Bolsa de Nova Iorque

Toda essa prosperidade estava na beira do rompimento da bolha que as pessoas viviam e acabavam acreditando em como estava a economia nacional. Os lucros iam aumentando, mas os salários não aumentavam e com isso o mercado não conseguia acompanhar a produção de mercadorias.

No dia 24 de outubro de 1929, conhecido como Quinta-feira Negra, foi o momento em que 12 milhões de ações foram colocadas à venda, com isso os valores das ações despencaram e bilhões de dólares desapareceram. A economia do país quebrou.

Consequências da crise de 1929

A grande depressão diminuiu o consumo em todo mundo. Assim, as indústrias norte-americanas não tinham pra quem vender. O que ocorreu foi que havia mais mercadoria do que consumidor. Ou seja, a oferta era maior que a demanda, o que acabou resultando na queda de preços e o aumento do desemprego. 

Os efeitos da crise economica nos Estados Unidos foi imediato. O governo americano decidiu intervir na economia criando o novo acordo (New Deal), que acabou resultando no enfraquecemento da crise.

O New Deal foram ações criadas pelo governo para tentar recuperar o país, um deles era estabilizar os bancos, estimular a economia e criar novos empregos. Do mesmo modo, buscava investir em obras públicas e modernizar áreas mais atrasadas.

Essa situação fez com que investidores começassem a se atentar a eventuais  problemas que poderiam surgir e assim não ter eventuais situações como havia ocorrido em 1929

Milhares de pessoas perderam rapidamente todo seu patrimônio, pelo fato de estarem investidos em valores de especulação que sumiram com a quebra da bolsa. Os efeitos da crise acabaram se espalhando pelo resto do mundo, o que resultou em alta taxa de desemprego e países entraram em recessão.

Consequências da crise no Brasil

O Brasil foi afetado pela crise de 29.  A área econômica mais afetada acabou sendo a de produção do café, que era uma das principais rendas do país e o produto mais exportado, já que o Brasil era responsável por aproximadamente 70% do café comercializado no mundo, com os Estados Unidos sendo o maior comprador.

Com a recessão, o café estagnou-se no mercado brasileiro e o valor caiu. Os cafeicultores tiveram enormes prejuízos. Por conta disso, o país acabou sofrendo transformações políticas profundas com a revolução de 1930. O novo governo teve Getúlio Vargas como presidente provisório.

A medida de Vargas na economia foi proteger o que era o principal produto brasileiro. Nesta época foi criado o Conselho Nacional do Café (CNC) em 1931. 

Para conter a queda do valor do café, o governo resolveu comprar as sacas paradas e assim aumentar o valor do café para o mercado internacional. 

As sacas compradas pelo país foram incendiadas, essa prática durou treze anos resultando na queima de 78,2 milhões de sacas de café.