BlackRock: Como funciona a gestora de ativos

Existem diversas companhias focadas em gestão de recursos ativos no mundo. Porém, sem dúvidas, a maior delas é a BlackRock.

A empresa possui influência em cerca de 100 países, além de ter escritórios em 26 deles.

Quando a BlackRock foi fundada?

A companhia foi fundada por um grupo de investidores, liderados por Larry Fink. Ele ficou conhecido por ser a mente por trás do projeto.

Eles começaram a BlackRock em 1988. Nessa época, ela funcionava como um braço da BlackStone. Essa iniciativa tinha como objetivo gerir dívidas públicas e administrar seus títulos.

Cinco anos mais tarde, em 1993 ela se separou de sua organização guarda chuva para trilhar seu próprio caminho. Dessa forma, nascia de forma ‘’oficial’’ a BlackRock.

Com o passar dos anos, as intenções da companhia começaram a se alinhar. Ela era, agora, uma companhia focada inteiramente na gestão de ativos negociados em bolsas de valores, como a B3.

Em sua trajetória, ela adquiriu inúmeros fundos de ações. Dessa forma, a empresa se caracterizou como uma gestora de riscos e ativos no mundo todo.

Atuação da BlackRock

Após abrir seu capital, ela começou com sua estratégia de adquirir inúmeros fundos de investimento.

Em 1999, por exemplo, ela havia adquirido a State Street Research & Management por cerca de 375 milhões de dólares.

Ela era uma gestora de investimentos, e sua compra foi um dos eventos responsáveis pelo pontapé inicial da BlackRock.

Logo depois, ela iniciou uma parceria com o banco norte-americano Merrill Lynch. Juntos, eles compraram o fundo de fundos da Quellos Group.

Mas de longe, a compra que lhe rendeu maior sucesso, foi no caso da Barclays Global Investors.

Nessa ocasião, se tratava da compra da maior gestora de investimentos globais. Ela estava atrelada ao Banco Barclays, e geria em 2007, cerca de 1 trilhão de Euros.

A partir daí, as empresas foram fundidas e o crescimento da BlackRock começou. 

Atualmente, a companhia é referência no mercado de ETFs.

O que são ETFs?

Os Exchange traded funds são conhecidos no Brasil como fundos de índice.

Eles são, basicamente, fundos de investimento. Os ETFs visam reproduzir a rentabilidade de um grupo de ativos.

Estando relacionados com investimentos de renda variável, eles geralmente são geridos por empresas especializadas no ramo.

É aí que a BlackRock age. Ela vai gerir esses conjuntos de ações e administrar os riscos gerados. É por isso que muitas instituições e indivíduos a procuram.

Dessa forma, a gigante se foca em adquirir esses fundos. Através de iShares, ela replica os ganhos desses ETFs para seus clientes.

Apresentando uma renda passiva através de um mercado de risco, ela faz com que seus acionistas se sintam seguros ao investir, fazendo com que ela se torne a gigante que é hoje.

Clientes da BlackRock

Atualmente, os usuários da BlackRock são, basicamente, gigantes do empreendedorismo como Apple, ExxonMobil, grandes governos e instituições bancárias, sobretudo americanas.

Dessa forma, a gestora de ativos cresceu no mercado, e se tornou a maior em seu ramo.

Ela ainda possui políticas anti armamentistas. Em 2018, ela introduziu dois novos fundos que excluíam ações de fabricantes de armas de fogo, além de removê-las de mais 7 ETFs.

Porém, nesse mesmo ano, foi constatado que a empresa era a que mais havia investido no desenvolvimento de usinas a carvão. Elas produzem energia queimando o carvão, e é dito que a empresa financiou, de certa forma, cerca de 30% de toda a poluição causada por motivos energéticos em 2017.

Logo após as acusações, em 2020, Larry Fink afirmou que os cuidados ambientais eram muito importantes para decisões relacionadas a investimentos. Dessa forma, nesse mesmo ano, foram vendidos cerca de 500 milhões de dólares em ações relacionadas ao carvão, e o incentivo, e a criação de fundos que evitassem o mineral.

A BlackRock também possui atuação no Brasil. Da mesma forma, ela atende instituições e pessoas físicas, sendo investidos apenas na América Latina cerca de 102 bilhões de dólares.