Conheça o BRICS e suas funções econômicas e políticas – ESTOA

Conheça o BRICS e suas funções econômicas e políticas

Formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, juntos, representam cerca de 42% da população, 23% do PIB, 30% do território e 18% do comércio mundial.


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No contexto de globalização das nações que compõem o mundo de hoje, surgiu a criação de blocos econômicos. Como consequência dessa ação, as economias dos países se conectam e é cada vez mais comum se observar trocas comerciais, culturais, políticas, sociais e várias outras possibilidades de integração entre elas. 

Apesar de uma troca em vários aspectos, os principais objetivos desses blocos são as questões monetárias. Geralmente, esse blocos contam com membros regionais, como é o caso do Mercosul, que engloba a maioria dos países da América do sul como membros (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai) e também Países Membros Associados (Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname). 

Em outro exemplo de bloco econômico, podemos citar o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), bloco formado por países da América do Norte ( Estados Unidos, México e Canadá – e o Chile como país associado), temos também a UE (União Europeia) que conta com 27 países da Europa, entre outros.  

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A maioria dos blocos são de países que se aproximam em relação às suas fronteiras, mas tem como principal objetivo a cooperação econômica entre eles. Este não é o caso do Brics, então é importante diferenciar essas duas coisas. 

O BRICS é um agrupamento selecionado formado por cinco grandes países emergentes que não fazem parte da mesma região. Neste artigo vamos explicar como este bloco foi criado, suas funcionalidades e quais os objetivos desta integração.

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BRICS

BRICS é o nome dado ao agrupamento formado por cinco grandes países emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que, juntos, representam cerca de 42% da população, 23% do PIB, 30% do território e 18% do comércio mundial. 

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Criado em 2001, inicialmente, o Bloco era chamado de BRIC, pois a África do Sul não fazia parte do grupo, e foi denominado dessa forma pelo banco de investimentos Goldman Sachs. Em sua ideia inicial, esses países eram indicados como as potências emergentes, que formariam, junto com os Estados Unidos, as cinco maiores economias do século XXI. As primeiras reuniões entre os chefes de estados dessas nações ocorreram em 2006 e desde 2009 elas ocorrem anualmente. Em 2011 o bloco foi denominado BRICS, após a entrada da África do Sul. 

QUAIS SÃO SUAS CARACTERÍSTICAS?

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Os países que compõem o BRICS não foram escolhidos ao acaso. Suas principais características que os diferem de outros países que não fazem parte do grupo são:

  • Países em desenvolvimento
  • Economias estáveis
  • Grande potencial de crescimento econômico
  • Alvos de investidores Internacionais
  • Recursos Naturais abundantes
  • Possibilidade de melhorar a qualidade de vida

O grupo costuma se encontrar frequentemente para debater estratégias e dialogar sobre a situação do grupo.  o BRICS organiza, por meio de sua presidência rotativa, cerca de 100 reuniões anuais, entre as quais cerca de 15 ministeriais e dezenas de encontros de altos funcionários, eventos técnicos, bem como reuniões nas áreas de cultura, educação e esporte.

FEITOS

Desde o início, os objetivos desses países eram estabelecer governança internacionais que estivessem de acordo com seus interesses nacionais. Dessa forma, ao longo dos anos, esses países buscaram desenvolvimento e cooperação em diversas áreas, entre elas estão a ciência e tecnologia, promoção comercial, energia, saúde, educação, inovação e combate a crimes transnacionais. 

Além do desenvolvimento nacional, o interesse econômico também faz parte da pauta do BRICS. Ao longo desses anos, uma série de ações foram tomadas neste sentido, podemos citar a Criação de um Banco de reservas financeiras destinados a países componentes do bloco em situações de necessidade de socorro econômico; Fortalecimento mútuo das economias componentes do bloco; Cooperativismo nas relações entre os países, contando com auxílio técnico, acadêmico, científico, cultural, etc.

A última reunião realizada pelo grupo no Brasil foi em 2014. Nela foram criadas as instituições de Fortaleza: o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR). Até o momento, o NDB já aprovou mais de 8 bilhões de dólares em projetos de financiamento de infraestrutura e de energia renovável nos países do BRICS.

Outra contribuição do grupo foi a criação do Banco BRICS, que tem como objetivo ser uma alternativa em relação ao FMI ou ao Banco Mundial em caso de necessidade de auxílio financeiro para os países participantes.