Conheça o Sistema Financeiro Nacional e entenda sua função
O SFN é uma estrutura formada por vários elementos, com função de gerir a política monetária do governo
O controle da economia nacional e movimentos que influenciam diretamente nos investimentos, são processos realizados por diversos órgãos, que em conjunto, formam o Sistema Financeiro Nacional (SFN).
O SFN é composto pelos seguintes segmentos: moeda, capitais, crédito, câmbio, previdência fechada e seguros privados.
Criado em 1808 com a chegada da Família Real portuguesa ao Brasil, o SFN foi responsável pelo surgimento de dois principais bancos estatais do país: O Banco do Brasil, no ano de 1809 e a Caixa Econômica Federal, em 1931.
Após a Segunda Guerra Mundial, foram criados diversos órgãos para operar e supervisionar a moeda nacional. Dentre eles, estão:
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
- Sistema Financeiro da Habitação (SFH);
- Fundo Monetário Internacional (FMI);
- Inspetoria Geral dos Bancos;
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
- Conselho Monetário Nacional (CMN);
- Banco Mundial;
- Banco Central (Bacen);
- Bancos, operadoras de crédito e Bolsa de Valores.
A principal função do SFN é realizar a ligação entre agentes deficitários da economia (que necessitam de recursos emprestados) e os agentes superavitários (que dispõem de recursos para emprestar).
Ele é dividido em três principais tipos de instituições: normativas, supervisoras e operadoras.
Instituições Normativas do SFN
As instituições normativas são responsáveis por toda regulamentação do mercado financeiro nacional. Elas definem as regras para o bom funcionamento do sistema econômico como um todo.
Nesse cenário, a principal entidade é o CMN (Conselho Monetário Nacional). Esse órgão é responsável por controlar a emissão de moeda e fiscalizar as instituições financeiras – corretoras, bancos e empresas de crédito.
Vale ressaltar que o Conselho Monetário Nacional é comandado pelo Ministro de Planejamento, Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central.
O CMN é o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional. Ele define todas as diretrizes econômicas, estabelecendo o controle da emissão de papel moeda e fiscalizações de algumas instituições financeiras.
Além do CMN, existem mais dois órgãos normativos que são essenciais para as decisões econômicas brasileiras, que são o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
Instituições Supervisoras
Esse segundo grupo de instituições do Sistema Financeiro Nacional, como o nome já diz, possuem a função de supervisão e execução, são aquelas que monitoram a economia de forma mais prática.
O Banco Central (Bacen) é a instituição mais conhecida desse espectro, ele é responsável pela política monetária e a definição da taxa básica de juros, de acordo com os objetivos econômicos.
Através de suas ações, o Bacen busca fornecer equilíbrio ao Sistema Financeiro Nacional.
Outro órgão de extrema importância é o Conselho de Valores Mobiliários (CVM), ele é responsável por controlar e fiscalizar o que acontece na Bolsa de Valores e no mercado de renda variável.
Também pertencentes ao grupo com a função de supervisionar, são os órgãos SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) e a PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar).
Instituições Operadoras
Essas instituições ficam responsáveis pela operação em si de tudo que os demais órgãos direcionam.
É neste grupo onde estão todos os bancos, corretoras e as demais empresas financeiras, públicas e também privadas. A Caixa Econômica Federal é um dos exemplos mais conhecidos dessa instituição.
Essas organizações permitem a movimentação entre os poupadores e os tomadores dos recursos.
Caso você tenha interesse em realizar um financiamento ou um empréstimo, é através dessas instituições que vai ser possível facilitar a compra da casa própria. Todo investimento financeiro é realizado com base nas diretrizes das instituições operadoras.
Como foi possível observar, o Sistema Financeiro Nacional dita as regras de toda economia brasileira, baseando-se em análises minuciosas de mercado, além de fiscalizar constantemente as instituições.
Como o SFN contribui diretamente com projetos de infraestrutura e serviços que beneficiam a população, ele fica responsável por guiar o rumo do desenvolvimento do país. Isso vai desde a tomada de um empréstimo, até o pagamento de dívidas, passando por movimentações impostas por essas instituições que foram citadas.