Curva de Phillips: saiba o que é este termo econômico – ESTOA

Curva de Phillips: saiba o que é este termo econômico

A teoria que mede a relação entre o desemprego e a inflação a curto prazo


Advertisement


Advertisement


Dentre os diversos termos e teorias criados para entender o mercado financeiro, a Curva de Phillips nasceu para explicar a relação entre a inflação a curto prazo e o desemprego.

Este indicador busca estudar o impacto que a falta de empregos pode gerar nos níveis inflacionários e vice-versa.

O que é a Curva de Phillips?

A Curva de Phillips é um dos conceitos mais importantes da macroeconomia. Ela tem como objetivo destacar a relação entre o desemprego e a inflação a curto prazo. Até hoje a correlação é considerada válida pelos economistas.

Advertisement


No entanto, no início, os idealistas da teoria acreditavam que a ideia era válida para todos os períodos. Posteriormente, foi constatada que sua vigência só ocorria a curto prazo. 

A Curva de Phillips foi desenvolvida há cerca de 60 anos/Foto: Freepik

Isso, pois o fenômeno de estagflação é responsável por reduzir o período de vigência deste conceito para curtos períodos de tempo.

Advertisement


A curva prevê que quando um dos indicadores aumenta, o outro tende a diminuir. O contrário também é verdadeiro.

Dessa maneira, quando há mais vagas de emprego preenchidas, ou seja, quando o desemprego cair, os preços tendem a aumentar. Se as vagas disponíveis crescerem, no entanto, os preços podem baixar.

Advertisement


A sua comprovação se deu em épocas de crescimento e de recessão econômica, onde os fenômenos da teoria puderam ser observados.

A situação inversa, quando o desemprego afeta o Produto Interno Bruto (PIB), é indicada pela Lei de Okun.

Advertisement


Posteriormente, ambos os conjuntos de ideias passaram por mudanças e atualizações ao longo do tempo, mas ainda representam pilares para o estudo da macroeconomia em geral.


Quando surgiu a teoria?

A teoria da Curva de Phillips foi desenvolvida há cerca de 60 anos, pelo economista neozelandês Alban William Housego Phillips, também conhecido como A. W. Phillips (1914-1975). Seu sobrenome nomeou o conjunto de ideias.

Ele foi um dos primeiros indivíduos a relacionar os dois indicadores econômicos. Naquela época, períodos de retração e crescimento da economia ocorriam de forma constante, o que facilitou a identificação da relação entre os medidores.

Considerando que o comércio internacional também se encontrava em enorme expansão, as taxas de inflação deveriam ser calculadas em âmbito global. Anteriormente, seu cálculo se dava em esfera local.

Gráfico da Curva de Phillips

O fenômeno entre ambos os indicadores pode ser entendido através da visualização da teoria. Quando o desemprego cresce, uma quantia menor de renda é gerada, através do pagamento de salários menores, ou pela escassez de empregos.

Isso faz com que a demanda caia, diminuindo por consequência a liberdade que as empresas possuem para aumentar os preços, e aumentando a competição entre as companhias. 

Para que a demanda pelos seus serviços e/ou produtos aumente, é preciso, desta maneira, diminuir os preços.

Com essa dinâmica em mente, foi possível desenvolver o seguinte gráfico:

Fonte: Study.com

Aqui, o eixo X representa a taxa de desemprego, enquanto o Y representa a taxa de inflação. A relação entre os dois seria a Curva de Phillips.

Estagflação

O conceito responsável por reduzir o período de vigência da Curva de Phillips é a estagflação. Esta teoria é utilizada desde meados dos anos 70 e representa uma situação onde mesmo com a taxa de desemprego subindo, há uma evolução no quadro de inflação.

Estagflação foi adotada nos anos seguintes/Foto: bankrx | Adobe Stock

Aqui, mesmo com a demanda e, consequentemente, a oferta contidas, os medidores inflacionários continuam a subir.  Um período de estagflação representa um caso grave onde algumas economias do mundo podem se encontrar.

Para que este estado seja contornado, é necessário que o governo em questão adote políticas monetárias contracionistas. 

Para proteger seu capital, investidores podem alocar valores em opções atreladas ao Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), além de diversificar sua carteira.