Entenda o que é e de quanto é a dívida interna do Brasil – ESTOA

Entenda o que é e de quanto é a dívida interna do Brasil

A soma de gastos que prejudica o país como um todo


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A dívida interna de um país diz única e exclusivamente sobre sua própria economia. Dessa forma, entender este processo é fundamental.

As taxas de juros relacionadas a dívidas anteriores, e as despesas com a política interna do Brasil compõem esse número.

Quais taxas integram a dívida interna?

Entre as despesas que formam a dívida interna, as mais expressivas são os juros de dívidas antigas do país.

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Esses gastos são gerados por empréstimos que o Brasil pediu às instituições financeiras para arcar com dívidas anteriores.

Dessa forma, quando o país gasta mais do que arrecada com tributação, impostos e as demais receitas, ele é financiado por pessoas e instituições.

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Essa prática tende a criar um ciclo vicioso, onde novas dívidas são criadas para arcar com gastos passados.

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Fundos públicos e a administração federal, estadual e municipal também representam uma parte desses gastos.

Se combinarmos a dívida pública com a externa, vamos obter a dívida pública, que representa todos os gastos do país.

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O Tesouro Nacional Transparente é responsabilizado pela divulgação desses gastos, com o intuito de ser um portal totalmente cristalino quanto a isso.

Como esses gastos são financiados?

A principal forma de financiamento é o Tesouro Direto, que buscou democratizar o acesso a ações e o financiamento da dívida pública ao mesmo tempo.

Implantado, em 2002, o Tesouro Direto atraiu várias pessoas e instituições interessadas no retorno financeiro que os títulos poderiam render.

logo do Tesouro Direto/Fonte: Poder 360

Esses títulos são divididos entre Dívidas Públicas Mobiliárias Federais Internas e Externas.

Quando são pagos com o Real, são internas. Caso sejam pagos com qualquer outra moeda, serão externas.

Dessa forma, o estado disponibiliza títulos para usar o dinheiro dos investidores como um ‘’empréstimo’’, devolvendo a quantia corrigida nos próximos anos.

Alguns fatores que afetam a correção da quantia em questão são a Taxa Selic, a inflação ou o câmbio.

Os maiores detentores desses títulos são as instituições financeiras, possuindo cerca de 30% deles, seguidos pelos fundos de investimentos, os fundos de previdência, investidores estrangeiros, governo e as seguradoras.


O estado também pode custear suas dívidas por meio das instituições financeiras presentes no país. Essa prática, porém, gera juros, que serão somados às novas dívidas no futuro.

Essas são maneiras de tentar frear a DPF, conhecida como Dívida Pública Federal.

Histórico das dívidas do Brasil

Não é de hoje que as dívidas, sobretudo públicas, configuram um grande papel no declínio da economia brasileira.

Dessa forma, em 2002, a dívida interna representava 640 bilhões de reais. 10 anos depois, em 2012, esse número saltou para 2,02 trilhões de reais.

Essa diferença mostra um quadro de evolução rápida e grande de despesas do país. Isso só mostra o quão desenfreadas as dívidas estavam.

Gráfico com a estampa da bandeira do Brasil crescendo, representando as dívidas/Fonte: CADTM

Mais recentemente, em 2021, a dívida pública do país se deu em 5,613 trilhões de reais. O valor sofreu um aumento de 12% em relação ao ano anterior.

Com o passar do tempo, os títulos destinados à pagar as dívidas internas passaram a ser emitidos em reais, ao invés do dólar. Então, a dívida interna começou a ser mais presente.

Agora, em 2022, a previsão é de um recorrente aumento na dívida. Para esse ano, os especialistas estimam uma dívida de 6,0 a 6,4 bilhões de reais, o que configura um aumento de 6,8% a 14%.

É importante ressaltar que o aumento da taxa Selic e do custo médio de dívidas públicas têm relação direta com as dívidas.

Os juros de dívidas passadas também pesam nessa conta, e combinando os fatores com o orçamento do ano divulgado, os resultados são retrógrados.

A taxa imensa de dívidas atrasam o desenvolvimento do país como um todo e viram uma bola de neve, que fica cada vez maior.