Especulação imobiliária: vale a pena investir nessa estratégia? – ESTOA

Especulação imobiliária: vale a pena investir nessa estratégia?

Empresas, investidores e demais agentes se empenham na atividade de especulação imobiliária, para poderem conseguir lucrar com a compra e venda de imóveis


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A especulação imobiliária é o ato de comprar propriedades que ainda não estão construídas, essas propriedades podem ser casas, edifícios, terrenos ou salas comerciais. Ao realizar a compra, esperam obter lucro acima da média dos investimentos com sua venda ou aluguel no futuro. 

Quem realiza especulação imobiliária, acredita que no futuro, as propriedades vão aumentar substancialmente seu valor, e poderá ser vendida por um preço bem maior do que o valor quando compraram a propriedade.

Durante anos, a especulação foi muito lucrativa, o que resultou na expansão urbana em diversos estados no Brasil. Com isso, a especulação favoreceu o desenvolvimento de moradias e indústrias, garantindo uma melhora econômica em determinadas áreas. 

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Como funciona a especulação imobiliária?

Esse tipo de investimento funciona como a lei da oferta e da procura, quanto mais pessoas buscam por imóveis em determinada localidade, mais alto fica o preço. 

A estratégia é colocada em prática por pessoas ou grupos que adquirem imóveis em uma região, com objetivo de investir, então aguardam determinado tempo para poderem aumentar os preços de forma artificial. 

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O mercado imobiliário varia de cidade para cidade, mesmo que o especulador encontre uma cidade em que a demanda de imóveis está crescendo. O aumento de taxas de ocupação, crescimento das cidades, aumento dos preços dos aluguéis e condições de acessibilidade e infraestrutura, são fatores que podem atrapalhar neste processo de especulação. 

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Impactos da especulação no mercado imobiliário

A oferta e demanda não são fáceis de equilibrar na especulação imobiliária. Para vender uma propriedade e lucrar em cima disso, leva tempo, trabalho considerável e bastante esforço. 

Diversos fatores impactam o preço dos imóveis, como abertura de escolas e comércios, construções ao seu redor, instalações de novas estações de transporte público, etc. 

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Imagem explicando o lucro da especulação/Fonte: Blueprint

Os principais pontos que a relação entre oferta e procura, são:

Melhorias na Infraestrutura

Caso uma determinada região que era desvalorizada, comece a ser melhorada pelo governo,  como por exemplo, a expansão de transportes públicos ou saneamento básico, certamente, essa região se tornará um lugar melhor para morar, o que logicamente, aumenta a procura por imóveis nesses locais. 

Expansão da cidade

Com a expansão da área urbana, os preços dos imóveis tendem a aumentar. Porém, as propriedades localizadas em áreas distantes e possuem menos infraestrutura, acabam tendo um valor menor. 

Escassez de terrenos

Quando os imóveis ao redor estiverem ocupados, o restante dos imóveis que vão estar desocupados, serão mais valorizados, fazendo com que a especulação imobiliária se beneficie com a escassez. 

Além da escassez, o proprietário também terá como benefício o aumento dos serviços, estruturas e circulação de pessoas, que foram promovidos pelo crescimento no entorno. 

Consequências da especulação

Ao especular uma propriedade, é necessário saber dos riscos de esperar a valorização da região. Não existe uma garantia definida de que a área vai ter uma agregação de valor como o esperado. 

Um dos principais problemas provocados pela especulação imobiliária, é a existência de terrenos e imóveis ociosos em regiões com boa infraestrutura, que estão apenas à espera de valorização. 

Ilustração de bolha imobiliária/Fonte: Reprodução

É preciso investir em rede de transporte que ligue os novos moradores para o restante da região. Com isso, é gerado uma oportunidade de melhoria de infraestrutura a ser realizada pelo setor público e também pelo setor privado. 

Bolha Imobiliária

A bolha imobiliária é uma das consequências do excesso de especulação. Isso se dá quando os preços dos imóveis sobem muito em determinado contexto, porém, não significa que eles valham o valor cobrado, formando assim a bolha imobiliária, que é quando o preço da propriedade está inflado artificialmente. 

Como é de se esperar, em algum momento essa bolha vai estourar. O estouro da bolha acontece quando os preços crescentes atingem um determinado ponto crítico, que é insustentável. Um exemplo, é quando a economia desacelera e as pessoas encontram dificuldades em pagar suas dívidas contratadas. 


Existe também a possibilidade das taxas de juros subirem, o que torna a dívida muito mais difícil de pagar. Com isso, os especuladores começam a se retirar e diminuir a demanda, trazendo os preços para baixo. 

Com esse novo ciclo, os compradores desistem da ideia, e os atuais proprietários acabam ficando desesperados para vender, acabam por fim sendo pressionados a baixarem os valores ainda mais. 

Uma dica é sempre começar com valores menores, pois é um grande atrativo, principalmente para as pessoas que estão em busca de diversificar a carteira, apostando em novas modalidades para valorizarem o dinheiro.