Estagflação: Entenda esse processo na economia – ESTOA

Estagflação: Entenda esse processo na economia

O constante declínio na economia de um país


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Quando a economia de um país se encontra em constante decadência, é natural que seus representantes comecem a procurar as causas e desenvolver soluções para elas. Porém, quando mais de um fator contribui para o declínio econômico de uma nação, é estabelecido um momento de pânico. Dentre diversos eventos relacionados a essa queda, muitas vezes, esse conjunto de fatores está relacionado à estagflação.

Como a estagflação surge?

Esse fenômeno está diretamente ligado com o conceito de macroeconomia. Ele, geralmente, acontece quando uma nação já está passando por momentos difíceis em sua economia, atuando como um ‘’agravante’’. 

A estagflação trata da relação entre a inflação, que atua na alta dos preços, do congelamento no crescimento do PIB do país em questão e da alta constante da taxa de desempregos na nação.

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Geralmente, esse processo se inicia quando uma série de medidas e decisões prejudiciais ao país são tomadas. Acontecimentos que envolvem a nação em questão também podem acabar influenciando no processo de estagflação.


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Conflitos e o comprometimento das relações internacionais são um dos possíveis motivos.

Então, a estagflação pode ser interpretada como um agravante no processo de declínio econômico de um país, que é gerado a partir de um conjunto de decisões erradas durante um período de crise.

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Ela acontece durante um período de recessão econômica, gerada por fatores anteriormente citados.

O que é recessão econômica?

Esse evento ocorre quando o Produto Interno Bruto de um país se encontra em queda. Isso pode se dar por diversos fatores.

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Gráfico diminuindo com um cifrão em baixo/Fonte: Instituto Millenium

Quando um país está passando por um processo de declínio em sua economia por, no mínimo, três trimestres, é caracterizada a recessão econômica.

Esse processo afeta toda a população, além de inflar os índices de inflação de forma contínua. Isso faz com que os preços dos serviços e dos produtos se elevem, fazendo com que as pessoas evitem gastar dinheiro.

Isso faz com que uma quantia menor de dinheiro seja movimentada na sociedade, obrigando a injeção de moeda na economia. Esse aumento na emissão de capital faz com que o mercado se desregule, o que gera uma taxa de inflação crescente.

Dessa forma, o impacto é refletido nas empresas, o que as obriga a cortar gastos. Isso faz com que a taxa de desemprego cresça e a estagflação comece a ficar evidente.

O fenômeno da estagflação já foi experienciado por algumas nações que, sobretudo, passaram por eventos atípicos, sejam eles conflitos ou outros fatores que potencializaram essa época de crise.

Apesar das situações, a grande maioria deles conseguiu atravessar esse período de declínio no PIB e no aumento do desemprego.

Estagflação na história

Por serem consequências sobretudo de conflitos envolvendo diferentes nações, a estagflação já ocorreu nas maiores economias do mundo.

Talvez, um dos casos mais clássicos e evidentes da atuação desse fenômeno foi a estagflação que a Alemanha sofreu após a Primeira Guerra Mundial.

Guerras são eventos por causarem consequências sociais enormes ao redor do mundo, e por serem conflitos extremamente caros para os países participantes.

Imagens do conflito na Ucrânia/Fonte: G1

Por conta disso, após ser vencida na Primeira Guerra Mundial no final da década de 1910, a Alemanha passou por um dos piores períodos em sua economia.

Este foi um evento que custou muito dinheiro ao país Germânico. Dessa forma, as dívidas começaram a se tornar evidentes em sua economia, fazendo com que uma decisão errada pusesse o país em estagflação.

Diante dos déficits, a Alemanha decidiu imprimir e injetar dinheiro para arcar com suas despesas. Essa decisão gerou um processo de hiperinflação, o que aumentou as taxas de desemprego e levou o país a experienciar o fenômeno.


Outro caso a se analisar é nos Estados Unidos. Aqui, ocorreu o chamado surto do petróleo. Durante a presidência de Richard Nixon, os países que integravam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiram aumentar exponencialmente os preços do petróleo exportado aos Estados Unidos.

Essa alta fez com que os preços quadruplicassem, gerando um grande custo nas produções norte-americanas.

Daí, com os preços dos produtos e serviços elevados, aumentaram também os gastos das empresas e indivíduos. Daí, começou o desemprego e o processo de estagflação americana se mostrou evidente.

Dentre outros países, o Brasil também já passou por períodos parecidos.

Estagflação brasileira

Durante os anos de 2015 e 2016, o Brasil viveu um dos piores momentos em sua economia, causado pela estagflação.

Nessa época, as tensões políticas e decisões acerca da economia fizeram com que o país se encontrasse nessa situação.

Durante esse período, o PIB brasileiro entrou em queda. Em 2015, essa taxa se deu em 3,5%, com um indicador de inflação acima dos 10%. No ano seguinte, essas taxas foram para, respectivamente, 3,3% e 6,29%.

Gráfico Stagflation em uma lousa/Fonte: Schroders

Aliados a esses números, o desemprego no Brasil também começou a crescer. Isso fez com que a estagflação se fizesse presente.

Dentre as diversas consequências, os investidores estão entre os afetados. Por alterar taxas como a da inflação, é caracterizada também a alteração de preços em bolsas de valores, como a B3.

Apesar de lentamente estar se recuperando desse período, é dito que a pandemia poderia fazer com que o fenômeno voltasse a acontecer, desta vez, de forma global.

Este é um evento muito sério para a economia de um país. Apesar de ser muito difícil se recuperar de um fenômeno como este, é sem dúvidas uma responsabilidade governamental fazer com que a situação se reverta, melhorando a qualidade de vida de seus cidadãos.