Falha de mercado: veja o que é e como corrigí-la – ESTOA

Falha de mercado: veja o que é e como corrigí-la

Efeitos negativos catalogados pela microeconomia


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Gerada por livres interações entre duas partes no ambiente econômico, a Falha de Mercado pode ser interpretada como um fenômeno que traz consequências negativas para a economia como um todo.

Apesar dos prejuízos, em alguns casos este evento pode gerar benefícios para determinados agentes.


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O que é uma falha de mercado?

Levando em consideração a corrente econômica mais popular até o início do século XX, o liberalismo, para que pessoas buscando benefícios individuais promovessem, por consequência, o bem-estar da economia para o coletivo, era necessária a existência de alguns pilares.

Eles são a livre concorrência, a circulação de bens e serviços e um sistema baseado em preços. Apesar disso, quando um destes princípios não existia, ou estava comprometido, uma falha de mercado ocorria.

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Imagem ilustrativa/Foto: metamorworks | Getty Images/iStockphoto

Essas distorções são capazes de beneficiar alguns, mas, como resultado, causar prejuízos para a maior parte dos indivíduos. 

Levando em consideração a teoria da microeconomia, é possível afirmar que ela ocorre quando uma alocação em questão não é Pareto-eficiente, ou seja, não é feita com a maior eficiência possível.

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Por conta disso, existe um desequilíbrio entre o preço marginal de um produto ou serviço e o benefício que ele oferece.

A existência de falhas de mercado, portanto, é tão antiga quanto os primeiros modelos econômicos utilizados pela sociedade. É possível, ainda, identificar os tipos mais comuns no mercado.

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Falha de mercado na prática

Na economia, é possível identificar exemplos de falhas de mercado, onde os benefícios são menores ou os custos muito altos, tornando a alocação ineficiente.

Condutas anticoncorrenciais

Um dos principais exemplos de uma falha de mercado é a adoção de condutas que impedem a concorrência em um mercado específico. Elas, normalmente, consistem na associação entre empresas e pessoas com o objetivo de minar a competição.

Assim se dá, por exemplo, a criação de cartéis, trustes e a utilização de políticas de dumping.

Assimetria de informação

Também é possível citar a distribuição desigual de informações entre o ofertante e o demandante.

Além de favorecer práticas prejudiciais para o funcionamento do mercado financeiro, esta falha de mercado também faz com que as alocações, quase sempre, sejam feitas de forma ineficiente.

Um exemplo desta prática é a venda de objetos ou bens usados, mas com algum tipo de problema ou detalhe omitido por parte do ofertante. É comum que esta falha ocorra, por exemplo, na venda de carros usados.

Imagem ilustrativa/Foto: Envato

Este fator pode, também, gerar efeitos de seleção adversa, fazendo com que os consumidores escolham de forma incorreta bens ou produtos para aquisição.

Monopólios naturais

Em alguns casos, a criação de monopólios naturais pode representar um bom sinal para um mercado em questão. Dadas as condições específicas de cada setor, é preferível que poucas companhias se estabeleçam, gerando uma concorrência naturalmente menor.

Esta situação pode ser buscada com o objetivo de elevar o nível de qualidade do serviço oferecido ou, até mesmo, facilitar a fiscalização. Normalmente, isso ocorre nos setores de serviços básicos, como telefonia ou energia elétrica.


Bens públicos

Os bens públicos podem sofrer de falhas de mercado por conta de duas características básicas que estes serviços ou produtos possuem. 

Primeiro, eles contam com não-rivalidade. Isso quer dizer que sua disponibilidade não é afetada pela quantidade de pessoas que usufruem dele.

Em seguida, estes bens possuem a não-exclusividade, o que significa que nenhuma pessoa pode ser excluída de sua utilização.

O grande problema, neste caso, é que ambos os traços atraem os “caronas”, pessoas que usufruem dos benefícios sem pagar pelos mesmos.

Como resolver uma falha de Mercado?

Uma das únicas maneiras de resolver as falhas de mercado, uma vez que elas tenham acontecido, ou até mesmo evitá-las é o estabelecimento de legislações.

Assim, um mercado regulado por uma autoridade ou uma série de políticas públicas devem ser adotadas, considerando o risco que uma intervenção regulatória pode causar à uma economia em questão.