Fundo Monetário Internacional : Entenda como funciona o FMI – ESTOA

Fundo Monetário Internacional : Entenda como funciona o FMI

Em momentos de dificuldade financeira, é a ele que os países recorrem para auxílio


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O fundo monetário internacional é a tradução da palavra em Inglês “International Monetary Bank”. Ele é responsável por atuar nos auxílios financeiros de forma direta, assim, evitando desequilíbrios nos setores financeiros e cambiais. 

Dessa forma o FMI ajuda o crescimento do comércio internacional e do crescimento econômico e sustentável. 

As nações presentes ficam responsáveis por enviar um montante financeiro para a manutenção do fundo monetário. O valor varia de acordo com os indicadores de cada país. 

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O valor desse montante será responsável também por ditar o peso do voto que cada país tem, então quanto mais uma nação contribui para o FMI, maior será a sua influência. Entretanto, o único com poder de veto são os Estados Unidos por ser o idealizador da instituição.

Gráfico “Os 10 maiores membros do FMI em poder de voto”/Fonte: Banco Central

O surgimento do FMI 

Após a segunda guerra mundial, os EUA ficou receoso de como isso afeta a economia global. Dessa forma, reuniu países aliados para tentar encontrar uma forma de diminuir os impactos e danos causados pela destruição de uma guerra. 

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O FMI foi criado em julho de 1994, na conferência de Bretton Woods, em New Hampshire, EUA. Outras instituições foram criadas na mesma ocasião, como o Banco Mundial, Banco Internacional para reconstrução e desenvolvimento (BIRD) e o GATT, atual Organização Mundial do Comércio. 

O objetivo principal da instituição, era evitar uma nova crise como aconteceu em 1929, já que os países poderiam utilizar as reservas que estavam ali.  

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Uma medida que o FMI tem hoje é acompanhar a política financeira de seus membros, dessa forma, ela faz sugestões periódicas às nações. 

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O FMI também desenvolve pesquisas para fazer previsões financeiras através de levantamento de dados estáticos e divulga isso tanto em escala global como territorial.  

Empréstimos no FMI

Os países que desejem fazer empréstimos no fundo, precisam seguir uma série de regras previamente estabelecidas. Essas condições tem uma maneira rígida de aplicação e são chamadas de regras de condicionalidade ou medidas de austeridade. 

Entre as medidas estão políticas de privatizações, diminuição dos direitos trabalhistas, aumentos de juros e corte de gastos públicos. 

Os recursos são divididos em duas contas, a primeira chamada de Conta geral que é mantida pelos países-membros e a Conta Especial mantida pelas nações mais desenvolvidas.  

O Brasil já pegou empréstimos no FMI, Banco Mundial e também no BIRD, essa dívida com FMI foi quitada em 2005 com o pagamento de US $15,5 bilhões. 

A impopularidade das medidas de empréstimos faz com que o político que solicita o auxílio tenha uma queda de popularidade por parte da população. 

Apesar das controvérsias medidas, muitos países contam com o auxílio do fundo monetário internacional.  

Pandemia 

Em Janeiro de 2022, a diretora-gerente do fundo, Kristalina Georgieva disse em um evento que o FMI prevê um gasto total de US $12,5 trilhões na economia global para o custo da pandemia de Covid-19 até 2024.  

Nesse mesmo evento, que foi organizado pelo Financial Times, ela disse que as interrupções de abastecimento, políticas monetárias e aumentos da inflação atrapalhavam a recuperação em diversos lugares do mundo.  

Brasil 

  O país atualmente participa como credor e está submetido ao monitoramento regular das suas condições financeiras e da estabilidade econômica local. 

Ele também toma parte em algumas missões para prestar assistência técnica e aconselhamento econômico para outros membros. 

Em sua última atualização no relatório de perspectiva econômica global em Abril, o FMI melhorou a estimativa para o Brasil em relação a projeção que tinha sido feita em Janeiro de 2022. 


Anteriormente a projeção do Produto interno Bruto brasileiro era de 0,3% para o ano de 2022, agora a projeção mudou para 0,8% e que a expectativa para 2023 será de 0,2% gerando um crescimento 1,4%, essa projeção vai contra a expectativa do Ministério da Economia do Brasil que projeta um crescimento de 1,5% em 2022 e  2,5% em 2023. 

Para o FMI, a região da América Latina e Caribe deve sofrer aperto nas políticas monetárias e aumento da inflação devido à guerra da Ucrânia, ainda que tenham conexões menos diretas com a Europa que está sofrendo de forma mais grave com a guerra.