Fundos de Índices: Saiba como funciona e como investir em ETFs

Se você está buscando formas para investir o seu dinheiro no mercado de ações, uma opção interessante pode ser as ETFs. Seja para investidores iniciantes ou experientes, o Fundo de Índice, que também leva o nome de ETF (Exchange Traded Fund), é um alternativa para diversificação de carteiras e tem como referência um índice da bolsa de valores. Apesar de serem mais comuns no exterior, eles estão crescendo nos últimos anos no Brasil e com uma liquidez maior chamam a atenção dos investidores brasileiros. 

Conheça agora o que é, suas características e como esse fundo funciona na prática dentro do mercado de ações.

O QUE É ETF?

Por ser um fundo de investimento, os ETFs são um local onde vários investidores alocam seus recursos em conjunto. As duas principais características dos ETFs são seus índices e cotas. No que diz respeito ao primeiro, os ETFs estão sempre ligados a um índice de referência na bolsa de valores. Isso significa que quem está gerindo aquele fundo faz um ajuste na composição do ETF para que ele seja o mais parecido possível com o indicador. As cotas dos ETFs também vão no mesmo sentido. Elas são negociadas no pregão da bolsa de valores como se fossem ações, então o seu desempenho vai oscilar de acordo com o desempenho das ações que compõem a sua carteira.  

Apesar do primeiro ETF ser regulamentado e utilizado em 1993 no exterior, no Brasil ele só foi regulamentado em 2002. O primeiro ETF conhecido no país começou a operar em 2004 e leva o nome de PIBB (Papéis de Índice Brasil Bovespa). Ele utiliza como referência o IBrX-50, que é um índice criado para estimular o acesso de pequenos investidores ao mercado de ações e formado pelas 50 ações mais negociadas e representativas da bolsa. 

De acordo com dados da bolsa de valores brasileira (B3), os ETFs vêm em uma crescente no mercado brasileiro. Em 2019, a B3 registrou média diária de R$ 600 milhões negociados em ETFs, em 2020, esse número subiu para R$ 1,46 bilhão e, em 2021, a média diária mais do que dobrou em dois anos, com um volume médio negociado de R$ 1,52 bilhão.De janeiro a maio de 2021, os ETFs movimentaram R$153 bilhões e o patrimônio dos produtos somam R$47 bilhões, um crescimento de 23% em relação a 2020, quando o patrimônio dos produtos era de R$38 bilhões. 

A cada mês o número de investidores na modalidade também aumenta: em janeiro eram 269 mil investidores em ETFs e, ao final de maio, esse número cresceu 149%, atingindo a marca de 402 mil investidores, sendo 398 mil pessoas físicas e 2 mil investidores institucionais. Hoje, são 3,1 milhões de investidores pessoa física com volume em custódia em renda variável na B3.

CARACTERÍSTICAS DO ETF

Antes de saber em quais ETFs investir e em como fazer isso, é necessário saber quais são suas características, por isso, vamos te mostrar todas elas. 

Gestão Passiva

A primeira característica a citar sobre ETF é a Gestão Passiva do fundo. Isso significa que a rentabilidade está ligada a um índice de referência de renda variável, por isso, a composição do ETF é ajustada com o objetivo de resultado igual ou superior ao referencial. O ponto positivo é que, se caso seu índice suba, o ETF vai subir, porém, caso ele sofra uma queda, o STF vai acompanhar o seu desempenho. 

Diversificação

Além de uma característica, a facilidade de diversificação pode ser considerada uma vantagem do ETF. Na prática, isso significa que com apenas uma cota, você tem acesso a diversas ações. 

Impostos e Custos

Além de ser composta por baixas taxas de administração, o ETF tem uma característica de ter cotas bem acessíveis no mercado. O número mínimo de cotas para compra é de 10 e você consegue encontrar essas unidades a partir de R$50. Além deste valor, o investidor terá que desembolsar uma taxa de corretagem para a corretora que intermediou a operação, além das taxas de negociação para  a bolsa de valores. Por último, a taxa de administração deve ser paga ao gestor do ETF. 

Mesmo que pareça muito, para quem já tem experiência no mercado sabe que esses custos são muito parecidos com o que já existe para comprar e vender ações. A grande diferença é que para as ETFs, esse valor costuma ser menor. 

Já no caso dos impostos, a situação é um pouco diferente. Os ETFs estão sujeitos ainda à incidência de Imposto de Renda. A alíquota é a mesma aplicada sobre o mercado de ações em geral: 15% sobre os ganhos, com exceção do ETF de fundos imobiliários, no qual a alíquota é de 20%. A diferença é que, no caso dos ETFs, não há isenção de IR para quem realiza vendas na bolsa de valores em valores até R$20 mil mensais. Esse é um benefício disponível apenas para quem negocia ações diretamente.

COMO INVESTIR?

Caso você seja iniciante, o primeiro passo para investir em ETF é abrir uma conta em uma corretora de valores. Caso você já invista e deseja diversificar sua carteira, confira se sua corretora contém fundos índice para investimento. Pense bem antes de tomar uam decisão ao fechar com uma corretora, os principais aspectos que você deve observar são: os custos de operação, a variedade de opções de investimentos, a qualidade da plataforma de negociação e o acesso a suporte para tirar dúvidas.

Após a abertura de sua conta, você deve escolher qual ETF responde ao seu perfil de investidor. Este perfil será descoberto após algumas perguntas feitas pela sua corretora, que vai avaliar com base no seu interesse de investimento e em quanto você pretende investir.  Por fim, você investirá o seu dinheiro e poderá acompanhar diariamente o desempenho do seu investimento.

Confira agora alguns exemplos de ETF listados na B3 em 2021.

EXEMPLOS DE ETFs

ACWI11	MSCI ACWI
EURP11	MSCI Europe
HASH11	Nasdaq Crypto
NASD11	NASDAQ-100
TECK11	NYSE FANG+
SAET11	Ibovespa B3
EMEG11	MSCI Emerging Markets
MILL11	MSCI MILLENIALS SELECT 50
DNAI11	MSCI GENOMIC INNOVATION SELECT 50
BOVX11	Ibovespa B3
SHOT11	IT NOW S&P KENSHO MOONSHOTS