Fundos de Investimento: Conheça essa forma de investir – ESTOA

Fundos de Investimento: Conheça essa forma de investir

A união de investidores em um grupo gerido por gestores


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Muitas pessoas procuram nos investimentos uma maneira de complementar sua renda mensal ou, em alguns casos, depender 100% desse tipo de retorno. Isso faz com que diversas maneiras de investir surjam, com seus variados riscos e características. Dessa forma, surgiram os fundos de investimentos, que logo se tornaram uma das modalidades mais utilizadas no Brasil.

Como eles surgiram?

Apesar de marcar presença no Brasil há algum tempo, essa modalidade surgiu na Suíça, em 1849. Ele se chamava “Société civile Genèvoise d’emploi de fonds”, e inspirou o surgimento de outro fundo, dessa vez, na Inglaterra.

O nascido em terras inglesas era o “Foreign and Colonial Government Trust”, em 1868, que teve um papel extremamente importante na criação dos fundos de investimento da forma que são hoje em dia.

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Dessa forma surgiu, nos Estados Unidos, o primeiro fundo mútuo no modelo dos atuais, o Alexander Fund, em 1907. Apesar de ser extremamente similar aos fundos de hoje em dia, ele possuía um limite de cotistas, e permitia apenas saques semestrais.

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Por conta dessas limitações, em 1924 surgiu o Massachusetts Investors Trust, que não tinha limitações. Ele existe até os dias atuais.

Esse tipo de modalidade permaneceu crescendo no país americano. No ano de 1929, existiam cerca de 19 fundos open-end (os mútuos), e 700 closed-ends.

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No entanto, foi nesse mesmo ano em que a Grande Depressão fez a Bolsa de Valores de Nova York e a economia norte-americana colapsarem.

Manchete da época da Grande Depressão/Fonte: Liga Internacional Socialista

Isso fez os closed-end funds quase sumirem, fazendo com que apenas alguns open-end funds sobrevivessem, aumentando sua participação no mercado.

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Dessa maneira, com cada vez mais fundos mútuos surgindo, alterações foram feitas nas edições do Security Act de 1933 e 1934.

No Brasil, o primeiro fundo a entrar em operação foi o fundo fechado Valéria Primeira, do grupo Deltec. Sua atuação se deu no ano de 1952.

Assim, os fundos de investimentos como conhecemos hoje em dia começaram a surgir e se desenvolver.

Como os fundos de investimento funcionam?

Os fundos de investimento são como condomínios que reúnem o dinheiro de diversos acionistas. Essa modalidade é geralmente escolhida por pessoas que estão iniciando no meio dos investimentos, ou não têm tempo de lidar com suas ações.

O dinheiro investido por cada acionista é, então, investido em uma diversificada gama de ativos, como ações, moedas e Certificados de Depósito Bancário, os famosos CDBs.

Eles são administrados por gestores, que selecionam os ativos a serem utilizados e investem o dinheiro arrecadado. Depois, o lucro obtido é distribuído a cada acionista, com base na quantia disponibilizada.

Quando um acionista investe seu dinheiro em um fundo de investimentos, ele está, na realidade, adquirindo cotas dele. 

Dessa maneira, se a quantia de investimento inicial for de R$ 1,00 e o investidor em questão disponibilizar uma quantia de R$ 1.000,00 logo, ele está adquirindo uma quantia de 1.000 cotas.

Isso faz com que esse tipo de investimento seja uma modalidade segura e que, ao mesmo tempo, não demande tanta dedicação de seus acionistas.

No entanto, a quantia lucrada por meio desses fundos de investimentos não é isenta de taxas. No caso dessa modalidade, são considerados, geralmente, o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ilustração cálculo de impostos/Fonte: Reprodução

Este segundo, o IOF, é uma tributação aplicada sobre os resgates feitos em um período inferior a 30 dias, em fundos a curto e longo prazos. Logo, essa taxa só é aplicada em fundos abertos, que possibilitam o resgate prévio.

Essa taxa diminui conforme o tempo em que a quantia permaneceu aplicada. Caso o dinheiro permaneça aplicado durante um dia, a taxa cobrada será de 96%.

Se a quantia em questão permanecer por 30 dias inteiros, a taxa não será cobrada. Na grande maioria dos fundos, também são cobradas taxas de administração, e a antecipação do IR, desde que haja lucro.

Essa antecipação do Imposto de Renda é conhecida como o imposto “come-cotas”, e é recolhido pela Receita Federal. Ela ocorre nos meses de Maio e Novembro, e visa a antecipação da cobrança dessa quantia. 


O come-cotas surgiu no ano de 2004, por conta do cenário da época. A crise econômica fez com que o Estado aplicasse essa cobrança, visando a antecipação da arrecadação anual dos impostos.

Essa quantia é aplicada, portanto, sobre a taxa lucrada pelo fundo, e não na quantia que ele se dispõe.

Suas alíquotas, no entanto, variam de acordo com alguns fatores, fazendo com que ela seja aplicada de diferentes maneiras.

Nos fundos a curto prazo, por exemplo, essa taxa é de 20%. Já no caso dos a longo prazo, a alíquota é de 15%.

Como investir em fundos de investimento

Investir nessa modalidade é algo extremamente acessível. Isso faz com que diversas corretoras e instituições bancárias ofereçam esse tipo de serviço.

Dessa maneira, após avaliar as taxas que serão aplicadas, os ativos dispostos, o custo do investimento inicial e o histórico de lucratividade do fundo, é possível adotar essa forma de investimento.