Fundos Offshore: entenda o que são
Conheça fundos de investimento que operam fora do Brasil
Os Fundos Offshore são um tipo de fundos de investimento em que sua atuação é no Brasil ao mesmo tempo que os ativos são localizados fora do país, que por sua vez, apresentam impostos mais baixos. Esta modalidade de fundos vem junto a uma série de vantagens e benefícios tributários e oportunidades de diversificação.
Os fundos em “paraísos fiscais” apresentam três modalidades de investimento, embora seja mais comum em investimentos de renda variável.
Como ele funciona?
Os fundos offshore são uma modalidade muito vantajosa de fundos de investimento pelas aplicações em países em que há mais flexibilidade fiscal e tributária. Países como Suíça, Luxemburgo e Ilhas Cayman, por exemplo.
Portanto, embora a gestão seja feita no Brasil, os ativos estão offshore, ou seja, no exterior, onde os impostos são significativamente inferiores aos do Brasil.
Há três tipos de fundos offshore: os fundos de renda fixa, que podem ser de títulos públicos ou privados; o mais popular, fundos de renda variável, que como seu nome indica, se tratam de ações e outros fundos de investimento; e por último, os fundos mistos, que apresenta uma flexibilidade e maior diversificação.
Vale ressaltar que os fundos offshore não são os mesmos que os fundos de investimento no exterior, uma vez que a sede do fundo offshore não está localizada no Brasil. Já os fundos no exterior têm sede no Brasil e operam somente nos ativos selecionados pelo fundo, não pelos investidores, como acontece no offshore.
Outra diferença entre os dois tipos de fundos é no quesito dos retornos. Enquanto nos fundos offshore há os fundos mistos, os fundos de investimento no exterior podem incluir fundos cambiais, que investem no câmbio de moedas estrangeiras.
Agora para entrar no mercado, os três primeiros caminhos para operar os fundos são os fundos cambiais, fundos da corretora e comprar BDRs.
Vantagens e desvantagens
Como já mencionado, uma das grandes características deste fundo é a alta rentabilidade, que é multiplicada com as baixas taxas de juros e regras fiscais brandas.
As aplicações rápidas e práticas apresentam níveis altos de retorno e proporcionam um bom portfólio na carteira do investidor. Além de ser operações de fácil manuseio, pela sua composição variada, os fundos também manifestam uma generosa diversificação, um ponto interessante para se ter na carteira.
Ao aplicar a estratégia, a gama composta por vários tipos de ativos reduzem as chances de prejuízo e riscos em geral. Com investimentos em ações diferentes, a probabilidade de lucro é cada vez maior.
Já em desvantagens, o maior destaque são as restrições aos aplicantes. Para participar de um fundo offshore é necessário um valor mínimo de US$ 200.000. Junto ao retorno, os fundos, que pelo caráter exclusivo e de bons retornos, apresentam altas taxas de administração e de performance (considerada por muitos como uma taxa bônus ao gestor, em função do decorrer da operação).
Além de não ter qualquer garantia pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), visto que o fundo não é localizado no Brasil. Como o FGC é sujeito à variação cambial, ele também pode afetar as taxas de rentabilidade do fundo offshore. Desta forma, a falta de garantia acaba se tornando um grande risco e desvantagem do offshore.
Taxas
Contudo, sem dúvida, a principal desvantagem desta modalidade de fundo offshore são as taxas. As taxas do fundo correspondem ao caráter exclusivo e privativo. Logo, do mesmo modo que para ser membro do fundo é necessário ter um valor de renda elevado, as taxas cobradas também são superiores às habituais.
Por este motivo, os valores mínimos para as taxas são normalmente altos, mesmo que eles variem dependendo do país em que o fundo é sediado.