IPO: como funciona a estreia de uma empresa na Bolsa? – ESTOA

IPO: como funciona a estreia de uma empresa na Bolsa?

O processo utilizado por empresas para abrirem seu capital


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Além de representar um bom período para investir em ativos de empresas, o Inicial Public Offering (IPO) — Oferta Pública Inicial em português representa o processo pelo qual empresas devem passar para se listar na Bolsa de Valores.

Dessa forma, além de representar a primeira vez em que ações das companhias são negociadas, o período também indica uma possível valorização dos papéis.

O que é um IPO?

O Inicial Public Offering representa a primeira vez em que as ações de uma empresa poderão ser negociadas na Bolsa de Valores. Por conta disso, além de ser um evento no mercado de ações, este também é um marco importante para a empresa em questão.

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B3 é a Bolsa de Valores do Brasil/Foto: Reprodução

Assim, através da negociação dos ativos, o IPO permite que, pela primeira vez, acionistas tornem-se sócios da companhia através da compra dos papéis. Isso pois cada ação representa uma parte da empresa.

Dessa forma, a partir da aquisição desses papéis, diversos investidores podem tornar-se donos de uma porcentagem da companhia. Em português, o evento também é conhecido como abertura de capital.

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O processo pode, ainda, ser adotado por empresas que já realizaram sua abertura de capital. Nesses casos, para realizar o aumento de capital, é preciso dar início ao processo de subscrição de seus sócios.

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Motivos para realizar um IPO

Por representar um marco para as companhias, para realizar um IPO, é preciso estar em uma etapa mais avançada em relação à sua saúde financeira.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

No entanto, para as companhias que possuem tamanho suficiente para estrear na Bolsa de Valores, o processo pode ser extremamente vantajoso.

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Isso ocorre pois o principal objetivo das instituições ao se listarem na bolsa é o acesso ao capital dos acionistas. Assim, com os aportes, é possível tomar novos rumos e expandir seus negócios.

Além de acelerar o crescimento da companhia, também é possível atrair profissionais especializados e negociar sua remuneração através da compra de ações.

Responsabilidades

Além de oferecer uma série de vantagens, a abertura de capital também traz uma série de responsabilidades à empresa.

Isso pois, a partir do momento em que uma companhia é listada na bolsa através do IPO, ela passa a ser regularizada pelos órgãos reguladores do mercado. 

Além disso, é obrigatório promover a transparência em relação aos seus números operacionais — trimestrais ou não, na maioria das vezes, divulgados através do portal de Relações com Investidores.

Desvantagens

Apesar da série de vantagens e aberturas que a abertura de capital pode oferecer, existem algumas desvantagens a serem levadas em consideração.

A principal delas refere-se ao caráter do processo: o andamento de um IPO é caro e  burocrático. Por conta disso, companhias que possuem o objetivo de se listar na Bolsa devem ter uma base mais consolidada. Seu acompanhamento deve ser realizado por profissionais que conheçam o mercado.

Outro ponto a se considerar é a exposição dos dados. Por possuir responsabilidades com os órgãos reguladores, as empresas devem divulgar a maior parte das suas informações operacionais. 


Elas, portanto, podem ser acessadas por concorrentes, ou atores indesejados do mercado financeiro.

Etapas do IPO

Para que uma Oferta Pública Inicial ocorra, existem uma série de etapas a serem seguidas. O processo pode ser divido em 10 passos. Eles são:

  • Planejamento;
  • Auditoria;
  • Apresentação ao mercado;
  • Registro na CVM;
  • Listagem na B3;
  • Divulgação de prospecto;
  • Comunicação ao mercado;
  • Período de reserva;
  • Bookbuilding;
  • Estreia na Bolsa.

Tipos de IPO

Ofertas primárias

Uma oferta primária ocorre sempre que uma companhia emite ações pela primeira vez no mercado. Este é o IPO. Outro tipo é o chamado follow-on primário, uma emissão posterior para aumentar a base de investidores.

Ofertas secundárias

Elas representam, basicamente, a venda das ações por parte dos acionistas. Dessa maneira, o aporte vai para o investidor em si e não para a empresa.