Juros: você realmente sabe como funciona esse processo? – ESTOA

Juros: você realmente sabe como funciona esse processo?

O juros é uma espécie de aluguel cobrado pela indisponibilidade de certo valor durante o período do empréstimo.


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Ao realizar um empréstimo, é necessário que pague de volta a quantia que foi emprestado e também um pouco a mais do valor, que são os juros. 

Diante deste cenário, existe o devedor e o credor. O devedor é quem pega o recurso emprestado do credor e paga juros por isto, e o credor é o que  poupou recursos e que empresta para os devedores, em troca do recebimento de juros. 

A taxa de juros é o preço do dinheiro no tempo, ou seja, eles funcionam como uma compensação pelo tempo que o valor ficou emprestado ou investido. 

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Desta forma, bancos e outras instituições fazem o meio de campo entre quem tem o dinheiro (credor ou poupador) e quem precisa daquele dinheiro (devedor ou tomador), nessa troca entre um e outro, surgem os juros. 


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Taxa de Juros 

As taxas de juros são calculadas de acordo com alguns fatores como, o que foi acordado no contrato, a inflação em vigor ou o risco do empréstimo para o credor, e podem ser maiores ou menores dependendo proporcionalmente do tamanho do risco.

No Brasil, foi criada uma taxa de referência básica no ano de 1979, chamada Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que também é utilizada na delimitação das taxas de juros para o comércio. 

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Os juros são expressos na forma anual ou de uma taxa mensal, eles são calculados sobre uma porcentagem da quantia principal ou podem ter um valor fixo.

Existem diversas modalidades de juros: os compostos, simples, de mora, nominais, rotativos, os reais, entre outros.

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Imagem com várias moedas/Fonte: CashMe

Simples

Eles são negociados com antecedência, o valor a ser pago será calculado com base no valor inicial do empréstimo, independente do período em que o valor ficou emprestado, os juros serão sempre iguais para todos os meses ou anos, pois a base de cálculo dos juros simples é sem o capital inicial. 

Exemplo: Você empresta 10.000 para um colega, e o juros pago pelo empréstimo será de 900,00 por ano. Como o combinado foi de que o colega pagasse o empréstimo no final de um ano, você receberia 10.000 (capital emprestado) + 900,00 (juros) = 10.900.

Neste caso, os juros são sempre calculados em cima do valor inicial, sempre sobre os 10.000. 

Composto

Diferente do primeiro, os juros compostos levam em conta o valor inicial e também os juros incidentes ao longo dos anos em que foi negociado para pagar a quantia emprestada. 

Exemplo: O Valor do empréstimo é de 10.000, com duração de 2 anos, e o total de juros será de 900,00 (9% a.a.) no primeiro ano, mas a partir do segundo ano, o juros pago no primeiro ano (900,00) é somado ao capital inicial (10.000 + 900,00 = 10.900), o resultado é que, no final de dois anos, o valor a ser pago é de 11.881. 

Como funciona o cálculo dos juros compostos para resultar no valor de 11.881 ao final de dois anos? A base de cálculo do juro passa a ser 10.9000, os mesmos 9% a.a somam 981,00 – 9% de 10.900, resultando em 11.881.

O potencial dele é ir crescendo com o tempo, e ao final de 10 anos, resultaria em um pagamento de 23.673,64. 

Seta vermelha com o nome Taxa Selic/Fonte: Portal Contábeis

Taxa Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira.

A Selic exerce impacto em outras taxas, como a de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. 

O valor da Selic é definido pelo próprio Banco Central, e é com base nessa taxa que os bancos se baseiam para definir os juros que serão cobrados de seus clientes em empréstimos, por exemplo. 

Quanto maior a Selic, maiores são as taxas praticadas no mercado, e quanto menor o indicador, menores os juros cobrados por instituições financeiras e recebidos por investidores. 

Para reduzir a inflação, o Banco Central aumenta a Taxa Selic, para assim aumentar o custo do dinheiro, com isso, fica mais caro pegar empréstimos, fazer financiamentos e consumir, forçando uma redução da inflação. 

Investimento

Nos investimentos, existem três tipos de taxas de juros: prefixados, pós-fixados e híbridos/mistos. 

As taxas de juros prefixadas são determinadas antes da contratação de um empréstimo ou da realização de um  investimento, assim, o valor exato de todas as parcelas a serem pagas são fixas. 

Essa opção de juros prefixados costuma ser a mais segura contra as oscilações do mercado, e o valor firmado em contrato não sofrerá mudanças com o tempo, independente da situação da economia. 

As taxas pós-fixadas estão vinculadas a índices de inflação e juros de curto prazo, elas podem variar de acordo com o tempo e economia do país. 


O consumidor poderá ter sua parcela alterada mensalmente, sem nenhuma previsibilidade, desse modo, em caso de empréstimo, a pessoa passa a ter o valor das prestações alterado, ficando mais caro mês a mês. Essas taxas estão relacionados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor). 

Referente a um investimento  pós-fixado, a taxa não é informada previamente aos investidores, sendo possível saber a rentabilidade e retorno apenas acompanhando as mudanças nos índices da inflação. 

Já os híbridos são uma mistura de juros prefixados e juros pós-fixados, isso significa que parte da rentabilidade vai ser fixa e a outra parte acompanhará um índice da economia.

A taxa híbrida costuma ser boa para o longo prazo, pois o investidor se protege da inflação e garante seu poder de compra. 

Agora que você já sabe o que são juros, lembre-se que todas as características devem ser avaliadas com muito critério, pois serão fundamentais para que você consiga fazer as melhores alocações dos seus recursos.