Keynesianismo: Conheça o modelo econômico

Após a crise conhecida como Grande Depressão, que atingiu os Estados Unidos nos anos de 1929 e 1930, foi-se necessário o desenvolvimento de modelos e teorias que pudessem dar conta de cobrir o prejuízo. Dessa forma, a sociedade estava dividida entre duas ideologias, até que o economista John Maynard Keynes desenvolveu a teoria chamada de Keynesianismo.

História de Keynes

O Economista nasceu em Cambridge, no ano de 1883. Após ganhar uma bolsa de estudos na Kings College na Universidade de Cambridge, ele se formou em Matemática.

Lá, ele conheceu grandes nomes relacionados a área econômica, mas de longe quem mais o influenciou foi  o seu professor, Alfred Marshall.

Ele foi o responsável por aproximar Keynes da economia, fazendo com que ele se especializasse nessa matéria algum tempo depois.

Logo após obter seu diploma, ele viajou à Índia para trabalhar no India Office. Alguns anos depois ele voltou para sua terra natal.

Agora ele estaria focado em concluir sua especialização, dessa vez, no Ensino dos princípios econômicos de Marshall, seu tutor.

Depois de estar mais aprofundado na área, chegou a vez de Keynes desenvolver a sua própria ideia.

Contexto para a criação do Keynesianismo

O surgimento da teoria está diretamente ligado à crise financeira que atingiu os Estados Unidos nos anos de 1929 e 1930.
Ela ficou conhecida como a Grande Depressão, onde se deu a decadência da economia norte-americana.

Nessa época, a diminuição dos empregos e as quedas drásticas do PIB do país se mostraram extremamente expressivas, fazendo com que essa depressão fosse a mais severa e a mais longa do sistema capitalista do século XX.

O cenário era de completo caos. Enquanto a economia estava comprometida, as taxas de desemprego aumentavam e a insegurança dos investidores se mostrou presente, fazendo com que a entrada de capital fosse freada.

Dessa forma, a queda nos preços das ações e a estagnação do campo industrial do país se fizeram consequentes.

Diante desta situação, várias medidas foram adotadas pelo governo e vários modelos e escolas econômicas começaram a surgir, tal qual o Keynesianismo.

Como o Keynesianismo funciona?

Nesta época, a sociedade era quase que bilateralmente dividida. De um lado, havia a teoria liberal fundada por Adam Smith, e do outro, o conceito Marxista, idealizado por Karl Marx.

Dessa forma, o Keynesianismo foi criado por John em seu livro ‘’Teoria geral do emprego, do juro e da moeda’’. Lá, ele defendia uma intervenção estatal na economia sempre que necessário.

Ele ainda faz críticas ao modelo liberal, afirmando que esse é um sistema que não prevê a garantia da empregabilidade em uma sociedade.

Nesse período, era defendido que os sistemas capitalistas e liberais da época haviam colapsado, gerando a tal crise. Aí, foi proposto pelo economista a influência do Governo na economia, algo nunca antes tentado.

Então, essa escola econômica surgiu de contraponto ao modelo criado por Adam Smith, idealizando a intervenção do Estado em áreas onde a iniciativa privada não podia e/ou queria interferir. 

O Keynesianismo buscava trabalhar com a quantidade de capital do mercado. Era literalmente considerar a quantidade de dinheiro emitido pelo Estado, e os preços médios dos serviços.

Os níveis de consumo da população e de investimento do governo eram levados em consideração, constituindo a base da ideia.

Ainda era defendido a ideia do bem-estar social, onde seria providenciado pelo governo todo o tipo de assistência à classe trabalhadora, como remuneração, direito à férias remuneradas, seguro de saúde, etc.

Seu modelo defendia a influência do Estado na economia, e não a sua estatização.

Depois da Segunda Guerra Mundial, suas teorias foram aplicadas em países na Europa Setentrional (região do Norte europeu).

Logo se constatou a eficácia desse sistema. Porém, alguns anos depois, o aumento da taxa de inflação e desigualdade nesses países logo chamou a atenção dos liberais, que utilizaram o fato como aval para criticar a teoria.

De qualquer forma, na década de 90, o surgimento do neoliberalismo (uma ‘’atualização’’ do modelo liberal) foi o suficiente para colocar a ideia de Keynes em esquecimento.

Um dos resultados dessa crise financeira foi a criação do Banco Mundial, em 1944.

O desaparecimento do Keynesianismo

Um dos maiores contribuintes para a revisão do modelo liberal foi, surpreendentemente, Keynes.

No mesmo livro em que introduz a sua ideia, o economista lança críticas ao sistema criado por Adam.

Esses questionamentos foram levados em consideração, fazendo com que na década de 90, o neoliberalismo surgisse nos Estados Unidos.

Outro fator que contribuiu para o desaparecimento do Keynesianismo foi, claramente, as críticas à ele.

Era dito que a demanda artificial que seria criada pelo Estado geraria gastos enormes. A sustentação desse quesito era simplesmente inviável, e funcionaria como uma medida provisória.

Também foi pontuada a negligência da taxa de inflação pelo sistema e a associação da escola de keynes às taxas de desigualdade e inflação dos países que a adotaram.

De qualquer forma, os estudos realizados por John continuam sendo lidos e levados em consideração na economia moderna. Apesar das críticas e do questionamento quanto a sua eficácia, ele deixa um grande legado na área financeira.