Lock-up: saiba como essa regra fiscal pode afetar seus investimento
Há muitas regras na Bolsa de Valores que os investidores precisam se atentar antes de utilizar essa estratégia
O Lock-up é conhecido por ser ajudar os investidores a observarem melhor as ações de uma determinada empresa.
Desta forma, é de suma importância entender como essa regra fiscal funciona, assim como também quais as vantagens e desvantagens que ela pode oferecer ao investidor.
O que é lock-up?
Há muitas regras na Bolsa de Valores, portanto, na hora de uma abertura de capital (IPO), o investidor deve prestar atenção às regras e restrições aplicadas pelos acionistas através das ações que podem ser adquiridas.
O lock-up serve como uma cláusula contratual, nesta regra fiscal, do período pelo qual os investidores não podem vender as ações de uma empresa é estabelecido através de uma pena de multa.
Essa expressão pode ser traduzida do inglês como “trancar” ou “travar”, já que este processo ocorre quando o investidor é multado.
Antes do lock-up, os sócios e gestores das empresas eram responsáveis por adquirir informações da empresa, portanto, como segurança essa regra fiscal passou a valer até para pequenos investidores.
Como foi criado o lock-up?
O lock-up foi criado como uma estratégia para que os gestores e sócios das empresas não possuem mais informações do que os acionistas, ou seja, não consigam lucrar em cima desses acionistas majoritários.
Devido a sua popularização na Bolsa de Valores, o lock-up passou a ser utilizado aos pequenos investidores, que são pessoas físicas. Um exemplo é o BMG, que adotou essa estratégia após abrir capital na B3.
No caso do BMG, o período de lock-up foi adotado para evitar o flip de ações, um caso comum de acontecer quando um investidor compra papéis no IPO e vende no dia seguinte na abertura do mercado.
Já para as empresas que participam da compra e venda de ações, o lock- up pode oferecer volatilidade dos papéis, assim como também oferecer a opção do investidor de investir a longo prazo.
Como funciona o lock-up?
O lock-up serve como uma espécie de carência aos investidores, já que essa estratégia pode definir um intervalo entre não vender as ações da empresa. Não há um período específico pelo qual o investidor vai entrar no lock-up, pode ser que seja de dois meses, assim como também até dez anos.
No entanto, antes de uma data ser estipulada para os sócios, gestores ou investidores majoritários, é possível que haja um acordo de prazo.
É importante prestar atenção na cláusula presente no lock-up, já que em casos de descumprimento da regra fiscal, é possível que o investidor entre em sanção, ou seja, terá que pagar uma multa ou indenização. Quando o prazo acabar os investidores podem voltar a comprar ações.
Até esse momento, todas as empresas que abrem capital através do IPO, devem estipular um período de lock-up aos acionistas controladores da empresa. Através desta cláusula a B3 pode proteger de maneira mais direta as informações.
Quais as vantagens do lock-up?
O lock-up além de proteger o acionista majoritário, também oferecer algumas opções vantajosas ao seu investimento como: reter profissionais que podem ser eficazes na empresa, diminuição do conflito de interesse, redução da volatilidade da ação em curto prazo, impedimento de flipagem e o trade na abertura de capital das empresas, assim como também estimula o olhar para o longo prazo.
Quais as desvantagens?
Como toda operação relacionada à Bolsa de Valores, o lock-up também possui desvantagens como: é necessário que o investidor mantenha as ações a qualquer custo, a volatilidade pode ser adiada até o fim do lock-up, há muitas dificuldades de investimento diferentes na Bolsa de Valores.
Há também impedimento de livre-iniciativa no mercado de capitais e por último os acionistas majoritários acabam levando mais vantagem, como por exemplo, acesso a informações privilegiadas.
Entendendo mais como o lock-up funciona, sua empresa pode adquirir algumas vantagens em seus investimentos, assim como também mais segurança nos negócios.