O Dealer na economia: saiba suas funções e qual a importância dele – ESTOA

O Dealer na economia: saiba suas funções e qual a importância dele

Reguladores da liquidez no mercado financeiro, os Dealers tem função importante na política monetária brasileira


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Os Dealers são instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional e tem como objetivo promover o desenvolvimento dos mercados primário e secundário de títulos públicos. Os dealers atuam tanto nas emissões primárias de títulos públicos federais como na negociação no mercado secundário desses títulos. Atualmente, o Tesouro Nacional possui 12 dealers, dos quais nove são bancos e três são corretoras ou distribuidoras.

No primeiro semestre de 2015, o sistema de dealers do Tesouro Nacional foi separado do sistema de dealers do Banco Central, direcionando os incentivos ao fomento dos mercados primário e secundário de títulos públicos, especialmente em plataformas eletrônicas de negociação. 

O desempenho de cada instituição é avaliado a cada seis meses e aquelas com o pior desempenho são substituídas. A seleção dessas instituições é feita mediante avaliação, baseada, sobretudo, nas participações em ofertas públicas e no mercado secundário de títulos públicos.

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Atualmente esses são os nove bancos e três corretoras que fazem parte do grupo de dealers brasileiros:

Banco Bradesco S.A.
Banco BTG Pactual S.A.

Banco do Brasil S/A

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Banco J.P. Morgan S.A.

Banco Santander (BRASIL) S.A.

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Bank of America Merrill Lynch Banco Múltiplo S.A.

Caixa Economica Federal

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Goldman Sachs do Brasil Banco Múltiplo S.A.

Itaú Unibanco S.A.

BGC Liquidez DTVM LTDA

Tullett Prebon Brasil Corret Valores Câmbio LTDA

XP Investimentos CCTVM S/A

Qual é a função do Dealer?

A principal função do dealer é a emissão primária dos Títulos Públicos Federais. Esses títulos são papéis que são emitidos pelo Tesouro Nacional e tem como objetivo

financiar a dívida pública. Após a compra desses títulos os dealers também são responsáveis pela negociação desses papéis através de leilões informais. Além disso, há os dealers de câmbio, que atuam no mercado cambial, neste caso, eles são usados para que o Banco Central (Bacen) possa atuar na venda e compra de moedas estrangeiras. Com essas ações, eles contribuem com a regulação da liquidez no mercado financeiro. 

Basicamente, a função dos dealers é auxiliar o Banco Central a controlar a demanda de dinheiro e títulos do mercado e o preço das moedas estrangeiras, essa estratégia é adotada para atingir os objetivos da política monetária.

CREDENCIAMENTO DE DEALER NO BRASIL

Conseguir a autorização para atuar como Dealer no Brasil é um processo muito rígido. Comparado aos EUA, por exemplo, por aqui é muito mais difícil. Nos Estados Unidos, pode ser uma pessoa ou empresa que negocia os valores imobiliários para uma conta própria, já aqui no Brasil, as regras para a seleção das instituições aptas a operarem como Dealer são bem diferentes. 

No ato normativo n° 28, expedido pelo Banco Central consta todas as regras de como é formado o conjunto de instituições credenciadas e o que uma instituição precisa seguir para operar como dealer.

Conjunto de instituições credenciadas

Art. 1º O conjunto de instituições credenciadas a operar com o Demab e com a Codip é formado por até 12 (doze) instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 

§ 1º Duas vagas desse conjunto são destinadas a corretoras ou distribuidoras independentes, isto é, não pertencentes a conglomerado financeiro com instituição bancária. 

§ 2º De um mesmo conglomerado financeiro, apenas uma instituição poderá atuar como dealer do Demab e da Codip, preferencialmente a de melhor desempenho. 

§ 3º Conglomerado financeiro é o assim considerado pelo Sistema de Informações sobre Entidades de Interesse do Banco Central – Unicad.

Pré-requisitos para o credenciamento 

I – patrimônio de referência de, pelo menos, R$26.250.000,00 (vinte e seis milhões e duzentos e cinquenta mil reais); 

II – elevado padrão ético de conduta nas operações realizadas no mercado financeiro; 

III – inexistência de restrição que, a critério do Banco Central do Brasil ou da Secretaria do Tesouro Nacional, desaconselhe o credenciamento.

A cada seis meses, uma avaliação é realizada para averiguar o desempenho delas no mercado aberto. Os critérios de avaliação são:

Atuação em sistema eletrônico de negociação

Operações Definitivas com participantes do mercado

Operações Definitivas dos objetos de negociação com participantes do mercado 

Operações Compromissadas com participantes do mercado

Ofertas Públicas

Operações Definitivas e Compromissadas com o Demab

Relacionamento com o Demab 

Relacionamento com a Codip