O que é e como funciona o dólar paralelo? – ESTOA

O que é e como funciona o dólar paralelo?

Qual é o mercado clandestino que opera a moeda mais importante do mundo e quais são suas características


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Visto que é a moeda mais importante do mundo, é de se esperar ter um mercado alternativo. Termo referente ao câmbio ilegal, o dólar paralelo é a cotação, negociação e circulação da moeda estadunidense não oficial.

Como outros mercados e moedas, as negociações se deram fora da lei em razão de exceder a norma determinada pelo Banco Central do Brasil, a instituição responsável por administrar e regular o Sistema Financeiro Nacional do Brasil. Dado que não há condução e gestão legítima, o mercado de dólar paralelo chega a ser considerado um mercado clandestino.

Por mais que seja um câmbio sem autoridade pública de qualquer forma, ele não deixa de ser um importante mercado brasileiro, digno de ser estudado e analisado. Caráter que de certa forma serve como obstáculo para a pesquisa, a medida de ser um comércio secreto e oculto.

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O aparecimento e funcionamento do dólar paralelo

Capaz de ser datado para o início dos anos 1990, o mercado para as negociações paralelas foi originado no Brasil como uma contra resposta das políticas financeiras governamentais da época. Dando destaque ao congelamento das contas poupança dos brasileiros graças ao Plano Collor, acima de demais políticas que contribuíram para o cenário instável econômico do país. 


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Inicialmente como uma forma adotada por muitos a fim de construir uma proteção financeira, o mercado de dólar paralelo se concebeu como um meio mais estável em oposição à economia brasileira. Visto que na época, o acúmulo de moeda estrangeira era legalizado. 

Ainda sendo hoje em dia uma forma notória de investir e proteger seus bens. Prática que, após alterações e remodelações, se tornou comum e atraente para muitos, além de válida.

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Contudo, o Banco Central logo proibiu a ação em nome de controlar as divisas que o país possui, tornando a simples posse de moeda estrangeira uma operação fora da lei.

Imagem ilustrativa/Foto: REUTERS/Yuriko Nakao

O mercado de dólar paralelo

De fato, a compra em si da moeda norte-americana não é algo ilícito, tanto que é possível realizar negócios de câmbio em diversas entidades regidas pela lei e pelo BCB, como as famosas casas de câmbio, os bancos e outras instituições financeiras. 

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Por ser um mercado mais sigiloso, para entrar em negociação é necessário conhecer em primeira mão o doleiro, uma vez que o estabelecimento do negócio opera sem autorização e supervisão do Banco Central

Sem mencionar um dos maiores fatores influenciadores do mercado paralelo: a cotação. Como explicado previamente, o Banco Central não tem nenhuma jurisdição sob, nem sobre o funcionamento quanto sobre o desempenho, portanto, a moeda apresenta a cotação definida pelos doleiros, podendo ser o valor que lhe agradam. Por não ser um mecanismo legalizado, o BCB tem zero autoridade sobre, assim quem entra em negociação e o valor dela é inteiramente determinado pelos envolvidos. 

Desta forma, o valor da moeda varia levando em consideração o responsável e o local da compra. 


Além de ser ilegal, quais são os riscos?

A fim de operar no mercado, além de ter de superar todas as ilegalidades e particularidades específicas do mercado, como as mencionadas anteriormente, também é necessário conhecer os riscos. Compreender o mercado é fundamental antes de entrar nele. 

Ressalta-se seu caráter ilegal ao observar o uso mais frequente do dólar paralelo, ambas finalidades correspondendo as infrações cometidas: sonegação e lavagem de dinheiro. As duas com penalidade judicial e financeira. 

Caso a intenção seja proteger bens, capital e demais investimentos, há sim métodos legítimos de proceder. É possível recorrer ao dólar comercial e dólar turismo, dois mercados reconhecidos e aprovados pelo Banco Central. 

Além de ter a possibilidade de comprar dólar em casas de câmbio e outras corretoras permitidas pelo BCB e operar seu investimento na moeda. Comprar diretamente de uma casa de câmbio, investir em um fundo cambial ou até assinar contrato futuro de dólar, são somente algumas maneiras de operar a moeda mais importante do mundo.