O que é índice Big Mac

Índices econômicos são estatísticas com análises de desempenho de uma das diversas áreas específicas da economia mundial, exemplo: Inflação, dólar, bolsa de valores, desemprego e até previsões de futuro econômico. Estes índices, após calculados, têm a função de referência para o governo, investidores, empresários, traçando estratégias com informes infográficos.

Nomes comuns nestes índices são: Selic, CDI, TR, IPCA, INPC, Ibovespa, PIB, entre outros diversos, até nomes próprios das bolsas de valores da Ásia, Europa e as norte-americanas. E existe um índice de nome curioso e relacionado a uma especificidade alimentícia, o Índice Big Mac.  

O Índice Big Mac é um forte indicador econômico calculado a partir do valor do lanche mais famoso dos arcos dourados, ou mais precisamente McDonalds, o lanche mais consumido no mundo todo. Este produto da rede de fast-food serve como base de composição de uma fórmula que mede o poder de uma moeda determinada, utilizando a teoria de Paridade do Poder de Compra (PPC). Um método alternativo à taxa de câmbio para calcular o poder de compra entre países.

Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim, algo enraizado em quem já ouviu essa música em algum comercial de televisão ou já ouviu no rádio, sabe a fórmula secreta do lanche e esta música simples como um jingle comercial, serve como um contador de tempo, os índices de uma taxa de moeda podem variar mais rápido do que você terminar de cantarolar ou descrever todos os ingredientes do Big Mac.

O Índice Big Mac é um parâmetro internacional, sendo utilizado em mais de 160 países, relacionando o poder aquisitivo de um cidadão, sociedade ou personalidade com o custo de vida local, calculando também como um estrangeiro pode se sobressair com a vinda para outra cultura, mas convertendo as moedas mais valorizadas de seu país. 

A lógica do conceito do Índice Big Mac

O Índice Big Mac serve para calcular a valorização ou desvalorização de uma moeda específica em um determinado país. Funcionando da seguinte forma: Se o preço do Big Mac for mais barato do que o preço cobrado nos Estados Unidos, esta moeda está desvalorizada em relação ao dólar. Se acontecer o reverso e o Big Mac deste país tem um custo maior que o preço norte-americano, padrão em todos os estados, a moeda está valorizada em relação ao dólar. Sendo assim, é possível negociar a preços mais altos com esses países e extrair mais renda.

Como surgiu o Índice Big Mac?

A revista britânica “The Economist” criou em 1986 o índice, com base nos preços dos lanches do McDonalds, desde então faz a publicação deste índice semestralmente e realiza a pesquisa durante um período de 90 anos em todo o mundo. Desde seu lançamento o índice tem o objetivo de servir de guia para a análise de investidores e câmbios de forma mais compreensível para explicação para um público geral. A ferramenta ajuda a definir a comparação das moedas que valem mais ou menos que o dólar americano.

Estar subvalorizado em relação ao índice Big Mac é estar inferior ao valor do dólar, está supervalorizado significa que a moeda local está mais valiosa que o dólar.

O Brasil em 2020 teve o Índice Big Mac subvalorizado em aproximadamente 15% e em 2019, 49 moedas em 64 países foram avaliadas. O preço do lanche nesta ocasião era de US$ 5,58. Suíça, Noruega e Suécia foram os países com o índice supervalorizado. Os países mais subvalorizado foram a Rússia em 70%, Argentina em 64% e o Chile em 30% (valores aproximados para mais ou menos) O dólar viveu o momento mais poderoso dos últimos 30 anos.

Michael James “Jim” Delligatt criou em 1965 a fórmula do Big Mac, visando agilidade no preparo e preço acessível para a população, custando apenas 45 centavos norte-americanos. Mais de 50 anos se passaram e nunca houve uma mudança na composição de ingredientes do Big Mac, a mesma fórmula é produzida diariamente e repetidamente em mais de 160 países e se tornou uma linguagem mundial, pois em qualquer lugar no mundo, que houver um McDonalds, o Big Mac será exatamente igual.