O que e quais são os indicadores de uma macroeconomia

Visto que uma macroeconomia se trata da condição financeira de um bloco econômico, os fatores do mesmo são os indicadores de crescimento ou recessão. Relacionados ao desemprego, consumo, taxas de juros, demandas e outros, eles são uma ferramenta fundamental para a compreensão do panorama de algum lugar.

Como eles sinalizam a perspectiva de um país ou de um bloco econômico, definindo os impactos de comportamento, desempenho e em geral decisões, eles compõem as mudanças e decisões sociais, políticas e, é claro, econômicas de uma macroeconomia. Desta forma, afetam investimentos de modo direto.

Macroeconomia x microeconomia

Sinalizando indícios econômicos de suma importância, é primeiro preciso compreender o que é uma macroeconomia e o que a difere de uma microeconomia.

Ambas definições são simples, se distinguindo facilmente. Enquanto a microeconomia dialoga com ação e comportamento econômico dentro de um mercado em específico, como por exemplo sobre uma empresa, os preços, sua relação de oferta e demanda, o modo de consumo e outros. A macroeconomia, como seu nome sinaliza, se trata de um enquadramento de âmbito maior.

Focado no campo de um país ou bloco econômico, o estudo macroeconômico observa os fenômenos de comportamentos econômicos de determinada população, sinais que também afetam aspectos sociais e políticos. 

Ou seja, dentro de uma macroeconomia, esses indicadores servem como referências sociais, financeiras e políticas. 

Analisando variáveis como PIB, inflação, taxa de juros, desemprego, desigualdade social, importação, exportação e outros, é possível compreender essa divisão macroeconômica e o comportamento de quem as vive.

Os principais exemplos

Em função de compreender tais índices, a forma mais concisa é através das medidas, suas funcionalidades e consequências na prática.

Como uma grande máquina, ao mesmo tempo que os fatores trabalham de forma independente, eles afetam e influenciam o outro. É importante ressaltar que há uma série de indicadores, cada um em seu mercado designado, porém alguns ganham mais destaque em função de seu papel mais fundamental e direto.

Vale ainda mencionar que as variáveis tendem a ser mais voláteis em países não desenvolvidos. Quanto mais desenvolvida a macroeconomia for, mais consistente esses fatores vão ser. 

Dentre as variáveis essenciais, elas podem pertencer a cinco mercados diferentes. O Mercado de trabalho, no qual se analisa as taxas de empregos, mão de obra e salário; o mercado de bens e serviços; mercado monetário, controlado pelo Banco Central, relaciona-se com a oferta e demanda da moeda; mercado de títulos; e por último o mercado de divisas. 

PIB – Produto Interno Bruto

De forma mais clara, o Produto Interno Bruto é um dos fatores mais fundamentais para analisar uma macroeconomia. De forma geral, o PIB é a soma da riqueza produzida por todos os produtos, bens e serviços de um país, portanto quando há um crescimento nesse indicador significa um desenvolvimento na produção do país, tendendo a um aumento do consumo. Quanto mais produz, mais ganha e mais tem para gastar.

Nos casos contrários também vale. Recessões econômicas são antecedidas por uma estagnação ou queda no PIB. De forma cíclica, durante uma recessão, não há muita demanda generalizada, então as empresas diminuem a produção, desempregando pessoas, como para a maioria das pessoas não trabalhar é equivalente a não ter dinheiro sobrando, não há consumo. Como não há consumo, não há demanda. E o ciclo se repete. 

Desemprego

De longe, um dos indicadores mais fundamentais para avaliar uma macroeconomia. De forma semelhante ao PIB, o desemprego tem um papel direto para determinar um período de desenvolvimento ou recessão econômica.

Operando de forma clara, o baixo índice de desemprego significa um baixo índice de consumo pela população, assim prejudicando o setor de produção, causando mais demissões.

Inflação

Sobretudo, a inflação é o crescimento dos valores dos preços dos produtos, bens e serviços de uma economia, resultando no declínio do poder de compra e consumo. Sob controle do Banco Central, como a inflação tem grande influência nos valores de juros do mercado, o Banco Central toma medidas e interfere quando essa variável alcança marcas altas, a fim de obter controle.

Por exemplo, através do COPOM, o Banco Central implementa um aumento nos juros, algo muito importante no mercado, como afeta os investimentos de uma empresa. 

Taxa de juros

Funcionando de mãos dadas com o consumo de uma população – que é inclusive um indicador macroeconômico importante –, a taxa de juros é uma medida principalmente de controle, visto que seu aumento é muitas vezes feito como resposta de regulamentar algo, como por exemplo a inflação.

Que mesmo obtendo êxito, sua aplicação vem juntamente à consequências, como a queda do PIB, aumento do desemprego e, como mencionado previamente, a redução do consumo.

Mas, ela também pode ser usada de forma benéfica. Se o Banco do Brasil quiser movimentar a economia, impulsionar seu desenvolvimento, basta diminuir as taxas de juros para reduzir os custos financeiros e de empréstimos. Desta forma, dando abertura para novos planos e projetos.

De forma ampla e primordial, esses indicadores revelam a situação de uma macroeconomia, seja de forma econômica, social e financeira, assim refletem nas condições e costumes da população.

Ressaltando suas dimensões, em sua maioria, apresentam a trajetória de uma economia, são eles que anunciam a antecedência de um desenvolvimento ou recessão econômica.