SIN: saiba como funciona o Sistema Interligado Nacional – ESTOA

SIN: saiba como funciona o Sistema Interligado Nacional

Uma das maiores malhas de transmissão de energia do país


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Responsável por levar energia elétrica para a maior parte dos municípios do Brasil, o SIN (Sistema Interligado Nacional) também concentra uma imensa parte do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Apesar de sua imensa área de cobertura, a extensão do território brasileiro ainda representa um grande desafio na democratização do acesso à energia.

Quando o SIN foi criado?

O conjunto de estruturas responsáveis por levar energia a diversos municípios do país foi criado em 1998, através da resolução 351/98 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

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Na época, a determinação fez com que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) fosse capaz de controlar a geração e o envio de energia das operações que integravam o sistema.

O ONS, por sua vez, foi desenvolvido também no ano de 1998 e, atualmente, é fiscalizado pela Aneel, assim como o SIN.

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Mapa do SIN/Foto: Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS

Além de se relacionar com empresas que atuam no setor de energia no Brasil, o órgão também interage com esferas governamentais.

Apesar disso, alguns relacionam a origem desta malha com o desenvolvimento da Eletrobras, além dos estudos mobilizados do Consórcio Canambra.

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O que é o SIN?

O Sistema Interligado Nacional pode ser descrito como uma extensa malha de geração e transmissão de energia elétrica, responsável por levá-la para a maior parte dos municípios brasileiros. 


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Este é um dos maiores sistemas do país, com cerca de 135 mil km de extensão. Desde que foi criado, sua operação é regulada e fiscalizada pela Aneel.

Além disso, o conglomerado de estruturas e equipamentos pode ser dividido entre quatro outros subsistemas. Eles são:

  • Sistema Norte
  • Sistema Sul
  • Sistema Nordeste
  • Sistema Sudeste/Centro-Oeste

De toda a sua operação, a maior parte da geração de energia do Sistema Interligado Nacional vem por parte das usinas hidrelétricas. 

Usina Hidrelétrica de Belo Monte/Foto: Bruno Batista/ Vice-Presidencia da República / Wikimedia Commons

Em segundo lugar estão as fontes de energia eólica que, devido a frequência e potência dos ventos no nordeste do país, estão ganhando cada vez mais espaço. Logo em seguida, aparecem as usinas a gás.

Limitações

Apesar de alcançar diversos pontos no país, o SIN não é capaz de interligar todos os municípios brasileiros. A maior parte das regiões que o sistema não abrange ficam no Norte do Brasil.

A dificuldade enfrentada para integrar o norte brasileiro ao Sistema Interligado Nacional fez com que seus municípios permanecessem isolados durante muito tempo.

Isso só foi mudar no ano de 2010, quando as primeiras linhas de integração com o Sistema foram instaladas. Elas eram as conexões Acre-Rondônia e Tucuruí-Manaus-Macapá.

Apesar disso, algumas localidades ficaram de fora do circuito. Estas são as regiões onde o custo para interconexão com o Sistema era considerado inviável.

Outra limitação é o desfavorecimento do consumo por parte de grandes consumidores, que requerem mais energia elétrica. 


Assim, apesar de transmitir cerca de 25% de toda a energia negociada no país, o consumidor final é, consequentemente, afetado.

Este ambiente é conhecido como Mercado Livre de Energia, nascido juntamente com o SIN, e compreende consumidores ligados em média ou alta tensão e que atendam a alguns requisitos prévios.

Qual a capacidade do SIN?

De acordo com informações disponibilizadas pelo ONS, a capacidade total instalada do Sistema Interligado Nacional era de 180.348 MW em dezembro de 2022.

O total seria dividido entre usinas hidrelétricas, a 109.189 MW (60,5%); usinas eólicas, a 23.162 MW (12,8%); usinas a gás, com 16.505 MW (9,2%); solares fotovoltaicas, a 6.917 MW (3,8%); térmicas a óleo, a 4,199 MW (2,3%); térmicas a carvão 3.017 MW (1,7%); e usinas nucleares, a 1.990 MW (1,1%).