Taxa Básica Financeira: entenda sua importância na economia
Este indexador foi criado em 1995 pelo Conselho Monetário Nacional
A Taxa Básica Financeira (TBF) possui grande importância na economia brasileira, isso porque sua função é corrigir valores e aplicações presentes no mercado brasileiro, como por exemplo o FGTS e a caderneta de poupança.
Desta forma , é de suma importância que todo investidor entenda como este tipo de taxa funciona e quais os seus efeitos em seus investimentos no mercado financeiro.
O que é a Taxa Básica Financeira?
A Taxa Básica Financeira, é um indexador presente no sistema financeiro do Brasil, que é utilizada para reajustar os valores de algumas aplicações financeiras. Ela também pode ser aplicada como base para o cálculo da Taxa Referencial (TR).
A TBF pode ser de grande influência em aplicações financeiras como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), títulos públicos, poupança, entre outros.
Este indexador foi criado em 1995 pelo Conselho Monetário Nacional e possui algumas diferenças dos outros indexadores utilizados na economia brasileira, como por exemplo, o Índice de preços no consumidor (IPCA) e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGPM).
Isso porque os outros indexadores apresentam uma variação nos preços de produtos, serviços e outros fatores que estão ligados à inflação do país, enquanto a TBF foca no custo médio de operações financeiras que são realizadas no mercado financeiro.
Como a TBF é utilizada?
A TBF é utilizada como base para o cálculo da Taxa Referencial, que é um índice usado como referência para determinar o rendimento de alguns setores de investimentos do mercado financeiro brasileiro.
No entanto, a TBF pode ser considerada como uma variável do cálculo da TR, ou seja, a TBF é uma referência à Taxa Básica Financeira, sendo assim, ela tem como função corrigir de maneira indireta as aplicações que são indexadas pela TR.
A TBF pode interferir nas seguintes aplicações:
- Caderneta de poupança;
- Títulos de Capitalização;
- Títulos públicos;
- Remuneração do Fundo Garantidor de Tempo de Serviço – FGTS;
- Financiamento imobiliários;
- Demais contratos financeiros com indexação.
Como a TBF é calculada?
Para entender como o cálculo da TBF funciona é necessário que o investidor saiba primeiro como o da TR é realizada, isso porque o cálculo da TR é feito em duas etapas.
Como é feito o cálculo do TBF na TR?
O primeiro passo é o cálculo do Redutor.
Sua fórmula é: R = a+b.
O “R “representa o fator redutor da TR, “a” é o valor definido na criação da TR e o “b” é o valor tabelado pelo Banco Central do Brasil (BR) de acordo com a TBF atual.
O segundo passo é o cálculo da Taxa Referencial.
Sua fórmula é: TR = 100 x [(1 + TBF/R) – 1].
Após descobrir como o cálculo da TR é feito, agora entender p da TBF é um passo importante.
A TBF é definida e divulgada diariamente pelo Banco Central do Brasil, até 2017 a taxa era calculada de acordo com os Certificados de depósito bancário (CDBs) e os Recibos de depósito bancário (RDBs) que eram pré-fixados e emitidos pelas instituições bancárias em até 30 dias.
A partir de 2018, a Taxa Básica Financeira passou a ser baseada em títulos prefixados do Tesouro Nacional (LTNs).
Seu cálculo é feito com base na média ponderada da taxa de juros dos títulos pré-fixados do governo, sendo assim se os juros caem a TBF também pode apresentar queda, assim como quando eles sobem, já que a TBF acompanha o movimento dos títulos.
Outro fato importante sobre o cálculo da TBF é que apenas os títulos das 30 maiores instituições financeiras do BRasil são considerados para compor a TBF, em uma pesquisa realizada até 2022 entre os 30 bancos estão: o Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, Banco do Brasil, BTG Pactual, Nubank e entre outros.
Portanto, todo investidor deve ficar atento ao andamento da TBF para acompanhar seus movimentos e quais seus efeitos em suas aplicações feitas no mercado financeiro brasileiro.