Teoria de Dow: como surgiu e quais seus fundamentos – ESTOA

Teoria de Dow: como surgiu e quais seus fundamentos

Charles Henry Dow, fundador da Dow Jones & Company, é o responsável por criar a Teoria de Dow há cerca de 100 anos atrás


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Também chamada de chartismo, a teoria de Dow é uma das bases mais antigas e sólidas, sendo bastante relevante para entender sobre os movimentos de preços dos ativos. Ela também fundamenta a análise técnica, em conjunto com outras avaliações, que são:

  • Médias móveis: são formas de suavizar os dados, tornando o indicador de tendência perceptível;
  • Bandas de bollinger: É  a composição de uma linha central que traz a média exponencial dos preços. Ela é acompanhada de mais outras duas linhas, que são as bandas, acima e abaixo, marcando o desvio-padrão de ações analisadas;
  • IFR – Índice de Força Relativa: é usado para confirmar tendências e identificar pontos de reversão, também identificam o quanto o mercado está comprado ou vendido. 
  • MACD – Média Móvel Convergente//Divergente: mostra a relação entre duas médias móveis. 

A análise técnica diz respeito à prática de prever as oscilações futuras no preço das ações, para realizarem esse processo, se baseiam em aspectos passados. Ao analisar, é levado em consideração os fatores como: padrões gráficos, volume de  ações negociadas, dados históricos de preços, etc. 

Como a Teoria de Dow surgiu?

Citado anteriormente, Charles Dow fundou a Dow Jones & Company. Ela foi revista tempos depois, por Hamilton, Rhea, Nelson e Schaefer. 

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Essa revisão que foi realizada, se deu por conta de que a teoria estava disponível apenas em editoriais de Charles Dow no The Wall Street Journal.


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O nome do criador da teoria é lembrado devido ao índice Dow Jones, que é um dos índices mais relevantes financeiros de todo o mundo. O índice foi criado por Charles Dow, no ano de 1896. 

A teoria de Dow reúne hipóteses que consistem em um método de análises, para aqueles que desejam especular no mercado financeiro. Através dessa teoria, é possível analisar ações individuais, indicadores de mercado e agrupamentos de ações. 

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Quais são os fundamentos da teoria de Dow?

Para dar suporte às suas avaliações, em sua teoria, Charles Dow desenvolveu 6 fundamentos, os quais são:

 Os índices de preço já descontam tudo

Segundo esse fundamento, índices de mercado como Ibovespa e Dow Jones, já refletem os fatores que afetam a cotação dos preços, e por isso, consideram tudo que tem que ser descontado. Ou seja, caso o mercado seja eficiente, toda nova notícia referente ao mercado, é incorporada no preço dos ativos avaliados. 

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Portanto, esse fundamento diz que não é preciso realizar várias análises paralelas para calcular seu impacto sobre os preços, pois as estimativas do mercado são bem mais eficientes para isso. 

O mercado possui 3 tendências

Em sua teoria, existem três tendências de movimentação nos preços das ações. Charles Dow analisou esses movimentos e fez uma analogia com os movimentos do mar, que são:

A tendência primária, que é como uma maré forte e com muito movimento. Eles possuem movimento duradouros, de subida e de baixa, podendo durar de meses até anos.

Ondas do mar/Fonte: DomTotal

Tendência secundária, representa as ondas. Eles são movimentos de equilíbrio e de correção da tendência primária, de alta ou baixa. Elas duram de 3 semanas até 3 meses. 

Já a tendência terciária, são marolas que acontecem entre as ondas, são pequenas variações de preços que acontecem diante da tendência secundária. Elas duram menos de três semanas. 

A tendência primária possui três fases

Existem subdivisões dentro das tendências. A tendência primária é dividida em três momentos:

  • Fase da acumulação: hora certa para entrar em uma posição. Esse é o momento antecipado ao resto do mercado, e é aproveitado pelos mais preparados. 
  • Fase da participação pública: é o momento em que todos entenderam a tendência e começaram a adquirir ativos. Os preços têm uma subida significativa nessa fase. 
  • Fase da distribuição: Essa fase é quando os ativos estão se destacando e começam a ganhar participação do público e manchetes dos jornais.  

Médias e índices devem se confirmar mutuamente

Charles Dow afirmava que os índices do mercado deveriam caminhar juntos, um justificando o outro. Quando esse alinhamento acontecia, significava que existia confiabilidade sobre o cenário. 

A tendência é que, por exemplo, o índice S&P500 tenha uma queda, ao mesmo tempo em que o índice NASDAQ passe por esse problema. 

O volume precisa confirmar a tendência

Segundo Charles, o volume também era um fator a ser analisado. Os movimentos de crescimento ou diminuição do volume, ajudam a identificar as tendências de alta ou baixa. 

A tendência ocorre quando não existe mais sinais de reversão

Caso não tenha sinais de reversão, a tendência deve permanecer. Para avaliar a reversão, outros indicadores de análise técnica, como os padrões gráficos, são utilizados. 

Gráficos com fundo da tela azul/Fonte: Reprodução

É preciso se dedicar a esse princípio para poder dominar os recursos e identificar a presença das forças que provocam a reversão de uma tendência.

Riscos da Teoria de Dow e da análise técnica

A teoria formulada por Dow, é um tipo de análise que tem como foco grandes movimentações do mercado financeiro, e não nos indicadores de valor da empresa em si. 

Os riscos podem ser altos, pois a variação de uma cotação no mercado pode não possuir uma base significativa, e não representa uma perda ou ganho de valor da empresa. 


Mesmo que uma empresa apresente bons resultados, pode ainda gerar uma queda de preços. 

O investidor que não sabe usar a teoria de Dow, pode acabar perdendo dinheiro, sendo necessário avaliar sobre, para verificar se vale ou não a pena utilizar essa metodologia. 

Ao ler mais sobre a teoria de Dow, acompanhar com outras ferramentas de análise técnica, você vai ver um novo horizonte em relação a isso. A leitura de artigos, o estudo constante e a busca por conteúdo de referência são os principais passos para você entender cada vez mais sobre o mercado financeiro.