Teoria Quantitativa da Moeda: entenda a teoria sobre origem da inflação – ESTOA

Teoria Quantitativa da Moeda: entenda a teoria sobre origem da inflação

A ideia representa a vertente de economistas monetaristas


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A Teoria Quantitativa da Moeda é mais uma das ideias desenvolvidas com o objetivo de explicar a origem da inflação. 

A teoria, associada aos economistas monetaristas, associa as taxas inflacionárias à oferta de moeda.

Como surgiu a Teoria Quantitativa da Moeda?

A Teoria Quantitativa da Moeda surgiu ao longo do século XVIII. A época era marcada por uma grave crise política na Inglaterra onde, a partir da segunda metade do século, instaurou-se a revolução industrial inglesa.

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Na época, as primeiras ideias que compõem a teoria surgiram através do filósofo David Hume, aliado aos economistas clássicos. Elas se originaram no ensaio publicado por Hume, intitulado “Of Money” no ano de 1752.

Filósofo David Hume/Foto: Reprodução

O conflito no país foi gerado pela participação da Inglaterra em conflitos, como a Guerra da Sucessão Austríaca, ocorrida entre 1741 e 1748, envolvendo a maior parte das potências da Europa, e a Guerra Colonial, que aconteceu entre os anos 1754 e 1763.

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Assim, ao longo dos anos em que a teoria foi se desenvolvendo, a discussão acerca da emissão da moeda, seja em sua forma física ou escritural, e a origem da inflação.

O que é a Teoria Quantitativa da Moeda?

A teoria baseia-se em relacionar a variação de preços presente em uma economia com a emissão da moeda, ou com sua quantidade disponível.

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Assim, o conjunto de ideias defende que caso ocorra uma superior aos preços dos produtos, a ação gera, consequentemente, o aumento da inflação. 

Em outras palavras, a teoria defende que, para atingir um determinado nível de produção, a oferta e a demanda da moeda em uma economia devem atingir um equilíbrio. Portanto, caso haja uma desigualdade entre as duas forças sem que haja uma variação igual na produtividade, o resultado será, diretamente, a variação de preços.

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A dinâmica econômica já era percebida em meados do século XVI. Na época, com a entrada de enormes quantidades de metais preciosos trazidos de outros países na Europa, como ouro ou prata, houve uma maior produção de moedas em circulação.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Posteriormente, com seu desenvolvimento, a teoria passou a integrar outros campos, como a macroeconomia ou a economia monetária.

Aceitação da teoria

A explicação é a mais aceita pelos economistas clássicos, além de ser o principal conjunto de ideias utilizado pelos economistas monetários.

No entanto, a visão contrária da teoria também é a mais aceita, no entanto, por outro grupo. Este seria o keynesianismo, o principal pilar dos keynesianistas.

Fórmula da teoria

Para ilustrar a relação entre as duas medidas, uma fórmula foi desenvolvida. Dessa forma, a equação quantitativa da moeda é:

M x V = P x Y

Assim, M representa a quantidade de ativos líquidos para transações econômicas (a moeda), V a velocidade em que a moeda ou ativo financeiro circula, P o nível de preços na economia, em geral, e Y a atividade econômica.

O último fator apresentado na fórmula pode ser indicado pelo Produto Interno Bruto (PIB).

Oferta e demanda

O controle da disponibilidade da moeda é feito pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN). A injeção da moeda na economia pelo Banco Central, através da Casa da Moeda. Em conjunto, eles aumentam a circulação de dinheiro físico.

O papel de enxugar a quantidade de moeda também é feito pelo BC. Para balancear a quantia, existe um controle mais direto exercido pela autoridade monetária.

Além de alterar a política monetária, também é possível realizar o balanceamento através da emissão e da compra de títulos.