Zona do Euro: Entenda o acordo
A União Europeia tem dentro dos seus acordos, a circulação de uma moeda única, o euro, que é adotada pela maioria dos países, e juntos formam a zona do euro
A União Europeia é um bloco de união monetária, o que significa que além das características já conhecidas, tem também a adoção de uma moeda única, que nesse caso é o Euro, o qual é adotado por 19 dos 27 países-membros.
E assim é estabelecido uma série de medidas nessa zona, de forma a facilitar as negociações entre seus membros e também estabilizar ao máximo a economia desse conjunto.
A formação da Zona do Euro, também chamada de eurozona, está ligada à criação da moeda que já era um desejo dos países que compunham o bloco.
Quando foi assinado o tratado de Maastricht, em 1992 e assim criando a UE, esses países passaram a adotar uma única política econômica.
Até que em 1999 foi então criado o Instituto Monetário europeu que aprovou a criação do euro como moeda única e aqueles que adotaram formaram a zona do euro.
Nessa época, eram onze países-membros, cerca de 10 anos depois a zona já era considerada a segunda maior economia do mundo, a transição para o euro é considerada a maior troca de moeda do mundo.
Apesar de criada em 199, a moeda só passou a circular de fato no dia 1° de janeiro de 2002.
Regras
Claro que pra que tudo funcione, existem regras a serem cumpridas, ela são chamadas de critérios de convergência, existem cinco critérios que precisam ser adotados ao aderir a zona do euro, que são
1 – Não ter uma dívida pública maior que 60% do PIB;
2- A taxa de inflação deve ser menor que 1,5% a média dos países compõem a União europeia;
3- A taxa de juros de longo prazo deve ser menor que 2%;
4- Déficit orçamentário deve ser igual ou menor de 3%
5 – Devem participar durante dois anos do mecanismo de controle de câmbio.
Países que formam a zona do euro
O euro é hoje, a moeda nacional de 300 milhões de pessoas, que juntas representam cerca de 20% da economia mundial, os países que utilizam o euro atualmente são : Alemanha, Espanha, Portugal, França, Itália, Grécia, Irlanda, Bélgica, Eslováquia, Eslovênia, Áustria, Chipre, Estônia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta e Países Baixos.
Além desses, existem os outros países que por não cumprirem todos os requisitos ainda não puderam adotar o euro como moeda mas podem fazer no futuro, que são: Bulgária, Suécia, Polônia, República Checa, Romênia, Hungria e Croácia.
Atualmente, a Dinamarca é o único país que decidiu não adentrar na zona do euro e manter a sua moeda (coroa dinamarquesa).
Crises
O mundo sempre acaba passando por crises, algumas em escalas globais e outras menores que só atingem um grupo específico, e na zona do euro não é diferente, alguns países adquiriram uma dívida pública por acabarem gastando de mais.
Um exemplo disso é a Grécia que passou por severos dez anos de crise e só agora em março de 2022 que recebeu sinal verde para pagar o FMI.
Em 2011 gastos da já mencionada Grécia, juntamente com Espanha, Portugal, Itália e Irlanda, causaram sérias consequências na UE.
Essa crise levou à queda nas bolsas de valores, um aumento do desemprego e uma queda no crescimento do PIB entre outras coisas.
Com isso a UE, teve que recorrer ao FMI para que pudessem amenizar antes que tornasse proporções piores, foi implementado um pacto fiscal que foi feito com o objetivo de equilibrar a economia do bloco e punir aqueles que desrespeitarem, assim como ajudas financeiras às nações mais endividadas como a Grécia.
Essas ações foram coordenadas principalmente pela Alemanha e França.
Esses endividamentos são perigosos pois deixam os bancos mais cautelosos ao liberarem crédito, o que causa uma maior dificuldade para as empresas européias.