Vale (VALE3) registra queda na produção no início deste ano
O relatório de produção e vendas da companhia destacou a queda em suas operações
A companhia Vale (VALE3) divulgou na noite desta terça-feira (19) seu relatório de operação, que apresentou quedas, sobretudo, na produção de minério de ferro da companhia, que declinou em 6% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Dentre as razões destacadas pela empresa, estão as fortes chuvas em Minas Gerais em janeiro e uma menor disponibilidade em Serra Norte, referenciando problemas em seu licenciamento.
Redução na produção
A produção de minério de ferro da companhia foi de 63,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano. Se comparado com o 1T21, esse número recuou em 6%. Se comparado ao último trimestre, essa queda foi de 22,5%.
Também foi possível identificar uma diminuição de 9,6% na comercialização da commodity em comparação ao 1T21. Isso representa 53,6 milhões de toneladas sendo negociados, sendo 35,5% menor do que o quarto trimestre de 2021.
A mineradora se pronunciou sobre as quedas, as atribuindo a diversos fatores. As fortes chuvas que ocorreram em Minas Gerais em janeiro deste ano foram citadas.
Segundo a companhia, isso fez com que as operações nos sistemas Sudeste e Sul fossem influenciados, apresentando uma produção 10,8% menor nesse período, além de interferir também na disponibilidade de compra de seus clientes.

Dessa maneira, a Vale afirmou que “Essas questões foram parcialmente compensadas pela melhoria da capacidade de produção dos Sistemas Sul e Sudeste, após o comissionamento e retomada de vários ativos ao longo de 2021”.
Outros eventos citados pela empresa foram a paralisação durante quatro dias da estrada de ferro Carajás, devido às chuvas em março, a deterioração da relação entre minério e estéril na mina S11D e os empecilhos no licenciamento da Serra Norte.
O relatório divulgado pela Vale afirma, ainda, que os resultados poderiam ser piores se não fosse a retomada da produção dos Sistemas Sul e Sudeste.
A produção de cobre também foi afetada neste período. Dessa forma, 56,6 mil toneladas foram fabricadas no começo deste ano, o que simboliza uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado.
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A venda de cobre também foi alvo de declínio. Dessa vez, a quantia de 50,3 mil toneladas negociadas apresentaram uma diminuição de 29,4% em relação ao 1T21.
No entanto, uma das áreas a apresentar altas foi a produção de pelotas da mineradora, apresentando uma alta de 10,1% em relação ao mesmo período de 2021.
As vendas, no entanto, registraram uma queda de 32,3% ante o último trimestre e uma alta de 11,8% em relação ao período do último ano.
Alta na precificação
Apesar de registrar expressivas quedas na produção de seus produtos ordinários, a mineradora identificou uma alta no prêmio da sua commodity de melhor qualidade.
Dessa forma, os finos de minério de ferro e pelotas, apesar de apresentarem queda nas vendas, registraram um preço médio de US$ 9,0 por tonelada no primeiro trimestre deste ano.

No último trimestre do ano passado, esse preço era de US$ 4,3 por tonelada, fazendo com que sua precificação quase dobrasse no começo deste ano.
Dentre os fatores que auxiliam no crescimento de sua precificação, a companhia afirmou que uma maior qualidade de mix de seus produtos.
A empresa afirmou, ainda, que “Estes efeitos foram parcialmente compensados pela ausência dos dividendos sazonais de nossas joint ventures de pelotizadoras”.
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Ações da Vale
Diante das quedas apresentadas no relatório de produção, as ações da Vale também registraram um declínio na Bolsa de Valores.
Às 16:00 (Horário de Brasília), as ações registraram uma queda de 3,14%, fazendo com que o preço atingisse os R$ 84,92.
No período de 12 meses, os ativos somam uma queda de 20,01%, mostrando uma recorrente desvalorização.




























