Acusado de usar criptomoedas para lavar dinheiro do narcotráfico é preso no MS
Agentes do Setor de Investigações Gerais (SIG) deflagraram na manhã desta quarta-feira (25) uma operação para combater um esquema nacional de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. De acordo com a investigação, os criminosos usavam criptomoedas para lavar o dinheiro.
A operação em questão, que recebeu o nome de Operação Intruso, culminou na prisão de um dos investigados. Trata-se do empresário Marcos Walevein, de 47 anos, preso em Dourados, cidade no estado de Mato Grosso do Sul.
Operação Intruso
Conforme informou o portal local Campo Grande News, Walevein seria operador no mercado de criptomoedas. As investigações o acusam de fazer parte do esquema como responsável pelas operações com criptoativos.
Walevein foi preso pelos agentes do SIG em sua casa no Jardim Aline, na região norte da cidade. Em seguida, os agentes levaram o acusado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde está a sede da SIG.
Nas redes sociais, Walevein se apresenta como empresário, escritor e coach financeiro. Além disso, diz realizar com atuação na compra e venda de Bitcoin. De acordo com o portal Dourados Agora, ele também é praticante de tiro e filiado a um clube do ramo em Dourados.
Apreensões da polícia
Além da prisão de Walevein, os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão na Vila São Francisco, na região leste da cidade.
Tanto o mandado de prisão temporária contra o investigado quanto os mandados de busca em outro endereço foram expedidos no âmbito da Operação Intruso.
A polícia apreendeu joias, dinheiro e computadores. Além disso, encontrou duas pistolas automáticas e até um cofre durante as buscas. Os agentes confiscaram pelo menos R$ 300 mil em espécie.
De acordo com o delegado Eliel Raimundo Alves, que chefia o SIG, não houve flagrante. Em vez disso, os agentes apreenderam os materiais por suspeita de terem sido adquiridos com dinheiro obtido de forma ilícita.
Os investigadores disseram que os criminosos ocultavam a origem de recursos ilegais por meio de investimentos em moedas digitais.
O delegado Eliel confirmou ao portal Dourados News que os investigados usavam os aparelhos eletrônicos para comprar criptomoedas.
A polícia também prendeu outros três suspeitos de participação no esquema em Sergipe. O líder da organização criminosa é Mauro Sérgio de Souza Feitosa, conhecido como “Maurinho”. Ele está preso na Penitenciária Federal do Mato Grosso do Sul. No entanto, continua atuando no tráfico de drogas.