Alameda processa Voyager em R$ 2,3 bilhões para recuperar pagamentos de empréstimos – ESTOA

Alameda processa Voyager em R$ 2,3 bilhões para recuperar pagamentos de empréstimos


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Os processos envolvendo empresas cripto em recuperação judicial não param. Dessa vez, o fundo de hedge de criptomoedas Alameda Research – ligado à FTX – entrou com uma ação contra a empresa de empréstimo cripto Voyager Digital.

Na ação, a Alameda tenta recuperar US$ 445,8 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) que transferiu para a empresa de empréstimo nos 90 dias que antecederam o seu pedido de recuperação judicial.

A Alameda entrou com pedido de proteção contra falência do Capítulo 11, nos Estados Unidos, junto com a FTX, em novembro de 2022.

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Já a Voyager entrou com pedido de recuperação judicial em julho de 2022. Isso ocorreu meses após o colapso do ecossistema Terra (LUNA).

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Alameda Research x Voyager Digital

De acordo com os detalhes do processo do dia 30 de janeiro, a Alameda pagou todos os seus empréstimos pendentes à Voyager depois que a empresa pediu proteção contra falência.

No entanto, alguns desses empréstimos ainda não haviam vencido quando a Voyager solicitou seu reembolso.

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“O colapso da Alameda e de suas afiliadas em meio a alegações de que a Alameda estava secretamente emprestando bilhões de ativos da bolsa FTX é amplamente conhecido”, diz um trecho do processo. O documento acrescenta que Voyager “alimentava” o suposto uso indevido de fundos de clientes pela Alameda – “consciente ou imprudentemente”.

Ainda segundo a ação, a companhia tinha 10 folhas de empréstimo com a Alameda no momento em que pediu concordata.

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Além disso, vários registros do fim do ano passado mostram que a Voyager alegou que detinha FTT (o token nativo da FTX) e SRM (o token do protocolo Serum) como garantia para empréstimos feitos à Alameda.

A empresa-irmã da FTX pagou à Voyager os seus empréstimos na forma de Bitcoin, Ether e outras criptomoedas.


Mas, de acordo com os advogados, não foi possível determinar se a Voyager detinha uma “garantia válida e efetiva ou direito real” sobre essa garantia ou se a “suposta garantia” tinha realmente algum vínculo com qualquer uma das ações da Alameda.

Alameda quer usar os fundos para pagar seus credores

Por fim, a ação diz que a Alameda pagou US$ 3,2 milhões (cerca de R$ 16,4 milhões) em juros à Voyager em agosto de 2022.

Desde então, a Alameda pagou integralmente todos os empréstimos à Voyager, de acordo com o processo judicial.

Conforme as leis de falência, esses pagamentos podem ser recuperados. Isso porque ocorreram perto do pedido de concordata da Alameda.

A empresa disse que pretende usar quaisquer fundos recuperados para pagar uma parte dos seus credores.