Biden anuncia intenção de aporte de R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia – ESTOA

Biden anuncia intenção de aporte de R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia

O anúncio foi feito durante o Fórum Virtual de Grandes Economias sobre Clima e Energia, do qual o Brasil participa


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Na manhã desta quinta-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a intenção de contribuir com US$ 500 milhões, equivalentes a cerca de R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia para os próximos cinco anos. O anúncio foi feito durante o Fórum Virtual de Grandes Economias sobre Clima e Energia, do qual o Brasil participa.


Liberação de valores irá depender da aprovação do Congresso dos EUA 

O valor em comento é dez vezes superior ao que havia sido sugerido pelos americanos e autoridades brasileiras na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Casa Branca em fevereiro, de US$ 50 milhões, onde foi considerado abaixo das expectativas na época.

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O montante ainda depende de aprovação do Congresso dos EUA para ser liberado. Biden tem maior influência no Senado, mas minoria na Câmara, onde os republicanos, que controlam a Casa, são mais rigorosos ao que chamam de gastos desenfreados do governo e muito mais resistentes à aplicação de recursos em outros países.

Ao anunciar a requisição de dinheiro ao Congresso, o presidente americano disse que “florestas são a chave para o nosso futuro” e que vai “apoiar os esforços renovados do Brasil de acabar com o desmatamento até 2030”.  

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Ele também convocou outras lideranças para que apoiem o Fundo Amazônia. “O objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC pode ficar ao nosso alcance. Mas vai depender de todos nós – não apenas um de nós. Não alguns de nós”, disse.

“O tempo para agir está se estreitando. Juntos precisamos deixar claro que as florestas são mais valiosas conservadas do que destruídas”, disse Biden. “Hoje temos que fazer mais do que reconhecer os desafios climáticos que encaramos.”

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EUA anunciam aporte de R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia /Foto: Ricardo Stuckert.

EUA anuncia pretensão de investir US$ 1 bilhão para o Fundo Verde

O presidente americano também anunciou a intenção de realizar um aporte de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões), para o Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês), fundo estabelecido na COP16 no combate às mudanças climáticas. 

“Antes da COP-28, eu encorajo todos vocês no nosso objetivo comum para garantir que pelo menos 50% dos novos carros de passeio e 30% dos caminhões terão emissão zero até 2030”, disse Biden. 

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Segundo a ONU, “o Fundo presta especial atenção às necessidades de sociedades altamente vulneráveis ​​aos efeitos das mudanças climáticas, em particular os países menos desenvolvidos (PMD), os pequenos Estados insulares em desenvolvimento (SIDS) e os países africanos”.

O governo americano também disse que “está trabalhando” em um aporte de US$ 50 milhões (R$ 250 milhões) em uma iniciativa do BTG Pactual que pretende arrecadar US$ 1 bilhão para restaurar 300 mil hectares de áreas degradadas no Brasil, Uruguai e Chile.


Em fevereiro deste ano, durante uma visita a Brasília, o enviado climático americano, John Kerry, afirmou o compromisso dos Estados Unidos em trabalhar com o programa.

“Estamos em um momento melhor (em relação às mudanças climáticas), mas ainda não estamos onde precisamos estar”, disse. “Nossas ações ainda não correspondem às nossas ambições. As políticas em curso hoje ainda nos levam a um caminho de aquecimento de 2,5ºC. Então precisamos ampliar tanto nossas ações quanto nossas ambições”. 

“Estamos comprometidos em trabalhar com o Fundo Amazônia, com outras entidades também. Temos o compromisso de trabalhar bilateralmente na área de desenvolvimento e pesquisa, ciência, novos produtos e possibilidades “, pontuou Kerry.

O evento marcou o primeiro encontro entre Lula e Biden, mesmo que por videoconferência, após entraves diplomáticos dos últimos dias envolvendo a fala de Lula de que os Estados Unidos tinham interesse na continuidade da Guerra da Ucrânia. 

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca chegou a chamar a fala de repetição de propaganda russa.