Biden atrela alta nos preços de gasolina ao pessimismo econômico nos EUA
Em entrevista à Associated Press, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, culpou o avanço dos preços de gasolina pelo pessimismo econômico do país e disse que, antes disso, as “coisas estavam muito mais otimistas”.
O presidente democrata reconheceu que os norte-americanos estão pagando muito mais para colocar comida na mesa e combustível em seus carros, o que está pesando sobre sua popularidade.
“Se você quiser um barômetro direto do que as pessoas vão conversar na mesa de cozinha ou da sala de jantar e se as coisas estão indo bem, é o custo da comida e o custo da gasolina na bomba”, disse.
Sanções à Rússia
Biden disse que não considerou o impacto político doméstico dos esforços dos EUA em punir a Rússia por sua invasão da Ucrânia. Sem tal ação, ele disse: “Temo que o que aconteceria a seguir é que você veria caos na Europa.”
Ele acrescentou: “Não se trata de minha sobrevivência política. Isso é sobre o que é melhor para o país.”
Biden sugeriu que está disposto a pagar um preço político como resultado, dizendo que seu conselho para os jovens interessados no serviço público é: “A menos que você saiba o que vale a pena perder, não se engaje”.
Otimismo por legislação
Ainda sofrendo com o colapso, em dezembro, de um pacote democrata maciço para expandir a rede de segurança social e abordar as mudanças climáticas, Biden indicou estar esperançoso de que um projeto de lei reduzido pode ser aprovado antes das eleições de meio mandato, em novembro.
As objeções do senador democrata Joe Manchin aniquilaram os esforços anteriores, em meio a preocupações com a inflação.
Biden precisa que todos os 50 democratas apoiem um pacote para contornar a oposição do Partido Republicano. “Há mais de uma maneira de reduzir o custo para os trabalhadores”, disse.
Saúde mental
Após mais de dois anos da pandemia, Biden disse que as pessoas estão “muito, muito tristes”.
Ele afirmou, no entanto, estar otimista com o futuro do país e que os americanos deveriam sentir isso também, mesmo que a maioria dos eleitores diga que o país está no caminho errado.
“Esteja confiante, porque estou confiante de que estamos melhor posicionados do que qualquer país do mundo a dominar o segundo quarto do século 21”, afirmou. “Isso não é hipérbole, isso é um fato.”
*Com Estadão Conteúdo