BlackRock (BLAK34) cria fundo privado com exposição à Bitcoin – ESTOA

BlackRock (BLAK34) cria fundo privado com exposição à Bitcoin

A unidade será desenvolvida a partir de um consórcio tecnológico


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Nesta quinta-feira (11), a maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock (BLAK34), lançou um fundo privado com exposição direta à Bitcoin.

Seguindo a variação do preço da moeda digital, o produto foi disponibilizado à alguns investidores institucionais dos Estados Unidos.

Fundo com exposição à Bitcoin

O anúncio foi feito no dia de hoje em uma postagem feita no blog oficial da gestora de ativos. Destinado a investidores institucionais, o fundo privado segue de forma direta a performance do Bitcoin no mercado de criptomoedas.

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Segundo a companhia, a BlackRock está empenhada em providenciar aos seus clientes acesso às suas “oportunidades de investimento”, e que por isso o fundo foi desenvolvido.

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“Apesar da queda robusta no mercado de ativos digitais, nós ainda estamos vendo o interesse substancial de alguns clientes institucionais em acessar esses ativos utilizando nossa tecnologia e as capacidades de nosso produtos”, afirmou a gestora.

BlackRock/Foto: Blockworks

Por ser o maior, o mais velho e o cripto ativo com mais liquidez, o Bitcoin é, atualmente, o produto dentro da esfera das criptomoedas que recebe mais atenção por parte dos clientes da gestora de ativos norte-americana, representando, sozinho, cerca de 50% da capitalização do mercado.

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Além disso, também é dito que a empresa visa, futuramente, se relacionar com “blockchains permitidas, stablecoins, cripto ativos e tokenização”.

Ciente da carga ambiental que os cripto ativos podem gerar, a Blackrock adotou, ainda, um plano para “descarbonizar as criptomoedas”. 

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A iniciativa foi desenvolvida pela Energy Web, uma companhia sem fins lucrativos instalada na Suíça, e pela RMI, outra empresa de energia verde localizada nos Estados Unidos.

Anteriormente neste ano, a empresa já havia notado o crescente interesse de seus clientes nas criptomoedas. Na época, o CEO da maior gestora de ativos do mundo, Larry Fink, afirmou que o interesse dos usuários nas moedas digitais, stablecoins e blockchain estavam aumentando.

Após anunciar seu novo fundo privado com exposição ao Bitcoin, as ações da BlackRock se valorizaram nesta quinta-feira (11). Somando uma alta de 2,22% às 14:56 horas (Horário de Brasília), seus ativos atingiram os R$ 625,00.

No exterior, um resultado similar também pode ser visto. Listadas na Bolsa de Valores de Nova York, a NYSE, as ações da gestora (NYSE: BLK) somaram uma valorização de 0,49% por volta das 15:00 (Horário de Brasília), atingindo os US$ 728,74.

Por fim, na postagem, a BlackRock afirmou que vem trabalhando em quatro áreas envolvendo criptoativos e os “ecossistemas” associados à esse tipo de moeda, onde a companhia pode ver potenciais benefícios aos seus clientes e o mercado de capitais de forma frequente.

Apesar do novo produto da BlackRock se relacionar exclusivamente com Bitcoin, alguns analistas norte-americanos acreditam que a companhia possa adotar outras criptomoedas, como o Ether, a segunda maior criptomoeda do mercado.


Atualmente, a maior gestora do mundo gere uma quantia de cerca de US$ 10 trilhões em ativos (o equivalente a R$ 51,5 trilhões), e a nova iniciativa marca a expansão da abrangência dos seus produtos no mercado financeiro.

BlackRock e Coinbase

Na última quinta-feira (04), a BlackRock anunciou uma parceria com a terceira maior corretora de criptomoedas do mundo, a Coinbase. 

Conforme divulgado na época, a união já previa facilitar o acesso à criptomoedas dos clientes institucionais da companhia.

No comunicado publicado pela corretora, a Coinbase afirmou que iria fornecer recursos para a negociação, custódia, corretagem principal e relatórios de criptomoedas para os clientes institucionais da Aladdin, um projeto desenvolvido pela BlackRock.

BlackRock e Coinbase fecharam parceria na última semana/Foto: Financial News London

Além disso, na época, a maior corretora de ativos do mundo também havia destacado o crescente interesse de sua base de clientes em criptomoedas. 

De acordo com o Chefe global de parcerias estratégicas da BlackRock, Joseph Chalon, “nossos clientes institucionais estão cada vez mais interessados ​​em ganhar exposição aos mercados de ativos digitais e estão focados em como gerenciar com eficiência o ciclo de vida operacional desses ativos”.