Brasil é o segundo país que mais sofre ataques cibernéticos na América Latina – ESTOA

Brasil é o segundo país que mais sofre ataques cibernéticos na América Latina


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A Fortinet divulgou os dados coletados no primeiro semestre de 2022 pelo FortiGuard Labs que indicam que o Brasil sofreu 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos de janeiro a junho deste ano.

De acordo com a empresa, isso representa um aumento de 94% com relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, os dados revelam um aumento no uso de estratégias mais sofisticadas para ataques virtuais.


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Ataques quase dobram

Conforme informou o FortiGuard Labs, o número de assinaturas de ransomware quase dobrou em seis meses. No primeiro semestre de 2022 foram encontradas 10.666 assinaturas de ransomware na América Latina, sendo que no último semestre de 2021 foram vistas apenas 5.400.

Ransomwares são ataques cibernéticos que criptografam os dados e pedem resgates em Bitcoin (BTC) ou em outras criptomoedas.

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“Ataques de ransomware estão afetando empresas de todos os setores, governos e até economias inteiras. Novas variantes surgindo de forma constante das mãos de diversos grupos internacionais de cibercriminosos”, disse Alexandre Bonatti, diretor de Engenharia da Fortinet Brasil.

Aluguel de ransomware

Segundo ele, esse aumento se deve à rentabilidade e à atenção que esse tipo de ataque traz aos criminosos. Ao mesmo tempo, esses ataques causam grandes prejuízos financeiros e de imagens às suas vítimas.

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As campanhas de ransomware mais ativas na região durante o primeiro semestre de 2022 foram Revil, LockBit e Hive.

De acordo com a Fortinet, o mercado de ransomware tornou-se muito profissional em 2021, com um modelo de negócios bem estabelecido. Os hackers empregam serviços independentes para negociar o resgate de dados, ajudar as vítimas a realizarem pagamentos e arbitrar disputas entre grupos de cibercriminosos.

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“A variante WannaCry, por exemplo, possui um tradutor de idiomas e até um chat de suporte”, disse ele.

Com base nisso, ele apontou que, além do aumento do uso de Ransomware-as-a-Service (RaaS), a atividade ganhou até suporte online.

“Nós observamos que alguns hackers oferecem às suas vítimas serviço de suporte técnico 24 horas por dia e 7 dias por semana. Tudo para agilizar o pagamento do resgate e a restauração de sistemas ou dos dados criptografados”, explicou Arturo Torres, estrategista de segurança do FortiGuard Labs para América Latina e Caribe.