China aprova e Lula remarca viagem para 11 a 15 de abril – ESTOA

China aprova e Lula remarca viagem para 11 a 15 de abril

Presidente adiou reunião bilateral após diagnóstico de pneumonia; encontro com Xi Jinping deve ocorrer em 14 de abril


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) remarcou sua viagem à China para o dia 11 de abril, segundo confirmação da chancelaria chinesa dada nesta sexta-feira (31) ao Palácio do Planalto. 

A viagem estava marcada para acontecer no último sábado (25), contudo, foi adiada após o diagnóstico de pneumonia leve do petista. 

A ida oficial do presidente entre os dias 11 e 15 de abril foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) que aguardava a aprovação do governo chinês.

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O encontro de Lula com o presidente da China, Xi Jinping, deve ocorrer no dia 13 ou 14, em Pequim. Não foram divulgados mais detalhes.


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Encontro com Xi Jinping

Lula deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, no dia 13 ou 14 de abril. Demais detalhes não foram anunciados. 

“Serão tratados temas da ampla pauta bilateral, incluindo comércio, investimentos, reindustrialização, transição energética, mudança climática e paz e segurança mundial. Em Xangai, o presidente Lula visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

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A reunião entre os dois, contudo, depende da ida do presidente a Xangai, onde é sediado o prédio do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), cuja liderança foi recentemente assumida pela ex-presidente da República, Dilma Rousseff. 

Presidente do NBD, Dilma Rousseff, e presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva/Foto: André Coelho/EFE

Ela, que era prevista a fazer parte da comitiva oficial de Lula, foi oficializada como presidente do chamado banco dos Brics na última sexta-feira (24). O NBD é a instituição financeira do bloco econômico de países emergentes, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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O presidente deve também se reunir com o premiê chinês, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.

Prioridades da viagem

Como o grande parceiro comercial do Brasil desde 2009, a ida à China terá como prioridade o fortalecimento da relação dos dois países, ao mesmo tempo de expandir a série de produtos brasileiros vendidos à potência asiática.

Em 2022, cerca de 27% de todas as exportações do Brasil tiveram destino chinês. Já a corrente de comércio dos países – isto é, o total de todas as negociações de importação e exportação entre os dois – alcançou um valor recorde de US$ 150,5 bilhões no ano passado.

Na viagem, segundo o Itamaraty, o Brasil pretende fechar ao menos 20 acordos prontos com parceiros chineses, protelados junto ao adiamento da viagem. Entre os temas, os acordos devem englobar saúde, educação, ciência, tecnologia, finanças e indústria.


Agenda diplomática

Ao final de janeiro, após sua cerimônia de posse no dia 1º, o presidente brasileiro visitou a Argentina e o Uruguai. Lula se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em fevereiro. 

A viagem à China, marcada inicialmente para março, daria continuidade à agenda diplomática extensa do presidente.

Em abril, o petista tem viagem marcada a Portugal e Espanha, e em maio, irá participar da reunião do G7 no Japão. 

Com a remarcação da viagem, o petista não vai conseguir cumprir seu compromisso com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no dia 12 de abril. Ele, no entanto, irá se encontrar com Serguei Lavrov, chanceler russo que visitará Brasília em 17 de abril.

Guerra da Ucrânia

Outro ponto a ser debatido na ida de Lula à China é a Guerra da Ucrânia. Pequim, visto como o mais persuasivo dos aliados da Rússia, se demonstrou disposto a dialogar com o presidente brasileiro. 

Com mais de um ano da invasão russa ao território ucraniano, o Brasil vem se posicionando como um interlocutor da paz. Embora sem desenho firmado, Lula tenciona uma conversa, semelhante a sua abordagem ao governo da Venezuela e a questão nuclear no Irã, entre países não envolvidos diretamente.