Bandas de Bollinger – ESTOA

Bandas de Bollinger


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As Bandas de Bollinger, também conhecidas como Análises de Bollinger ou Bollinger Bands, são um indicador criado por John Bollinger em meados de 1980, cujo objetivo é mensurar a volatilidade de um ativo. 

São baseadas nas curvas de Gauss, que nos mostram que com + ou -2 desvios padrões, conseguimos cobrir 95,44% das probabilidades.

Fonte: Wikipedia

Baseado nessa ideia e sabendo que o desvio padrão é uma razão do movimento do preço, logo da volatilidade do preço, Bollinger aplicou os desvio padrão sobre uma média aritmética de 20 períodos, conseguindo desta forma cobrir boa parte do movimento do preço.

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Estrutura das Bandas de Bollinger

As Bandas de Bollinger são compostas por três linhas diferentes, sendo a banda superior, intermediária e inferior.

A banda intermediária atua como a média móvel dos últimos 20 períodos (ou dias) e as demais atuam baseadas nos desvios padrões.

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A seguir temos como exemplo um gráfico de Usiminas (USIM5) em um período de baixa volatilidade. Em poucos momentos vemos o preço fora das bandas, ou seja, com mais de dois desvios padrões de distância da média.

Fonte: Plataforma Tryd

Cálculo das Bandas

O cálculo das bandas é feito a partir da seguinte fórmula:

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  • Centro = Média móvel simples de 20 períodos (em gráfico diário significa 20 dias)
  • Banda superior = Média móvel simples + (2 x desvio padrão de 20 dias)
  • Banda inferior = Média móvel simples – (2 x desvio padrão de 20 dias)

Observação: o valor de 20 períodos pode ser alterado de acordo com o desvio padrão desejável, porém esse número é uma recomendação do próprio criador do indicador.

Como utilizar as Bandas de Bollinger para realizar operações?

Alguns dos atributos do indicador são: antever os níveis de preço de um ativo, mostrar a intensidade de valorização ou desvalorização e antecipar possíveis topos e fundos no gráfico.

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Portanto, este indicador busca demonstrar se uma ação está barata ou cara, em um curto período de tempo, podendo, assim, ser utilizado para operações de Day Trade ou Swing Trade.

Algumas das leituras mais comuns são:

Estreitamento das bandas

Quando as duas bandas, superior e inferior, se aproximam de modo a ficar quase equidistantes, ocorre o estreitamento das bandas.

O estreitamento é comumente colocado como o prenúncio de uma forte tendência, seja de alta ou de baixa. Isso ocorre porque momentos de baixa volatilidade e bandas estreitas por muito tempo normalmente significam que o próximo movimento da ação será mais brusco, independentemente de qual for a direção.

A imagem a seguir mostra uma situação na qual houve um estreitamento nas bandas até o início de novembro no ativo Boa Safra (SOJA3), e a partir do momento que o alargamento começou a ocorrer, o ativo teve uma queda que superou 20% em uma semana, dando oportunidade para uma operação de venda.

Fonte: Plataforma Tryd

Fuga das bandas

Como informado anteriormente, cerca de 95% dos movimentos acontecem dentro das bandas. Portanto, quando um ativo se encontra fora dessa faixa, normalmente não deve permanecer nessa posição por muito tempo e logo retornará à faixa central.

Um exemplo disso ocorreu na própria imagem anterior, na qual após a queda, o ativo estabilizou e começou a lateralizar, retornando para dentro da região das bandas.

Usando como exemplo as informações cedidas pela fuga das bandas, é possível estabelecer uma estratégia que acredite na reversão das tendências, ou mesmo identificar topos e fundos.

A seguir outro exemplo, de um ativo tipicamente volátil Mahle (LEVE3) no qual várias vezes ocorreu fuga das bandas, e em todos os casos, o retorno ocorreu em no máximo até dois dias.

Fonte: Plataforma Tryd

Conclusão

Como trabalham de modo a identificar padrões, as Bandas de Bollinger são excelentes para reforçar o poder de antecipação do investidor, frente ao mercado. A tomada de decisões pode ser respaldada em estatísticas e previsões com análise do comportamento do ativo. Assim como ocorre na teoria de Dow, os movimentos futuros do mercado tendem a repetir os do passado.

Entretanto, na própria imagem do gráfico de LEVE3 nota-se que houve momentos de saída das bandas, porém em alguns casos o ativo apenas lateralizou e retornou à área esperada, não necessariamente havendo um movimento de alta ou baixa que desse oportunidade para uma operação de trade.

Por esse motivo, deve-se ressaltar que assim como qualquer outro indicador, as bandas de Bollinger indicam apenas movimentos prováveis dos ativos, e nunca deve ser utilizado isoladamente e sim combinado com outros indicadores e/ou interpretações, para análises mais assertivas.

-Guilherme Ferreira

*As opiniões do colunista não refletem necessariamente a posição da Estoa.