Como começar na Bolsa de Valores – ESTOA

Como começar na Bolsa de Valores


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Em 2018 a nossa Bolsa de Valores contava com 814 mil CPFs cadastrados.

Esse número saltou para 3.2 milhões no final de 2020.

Em 2022 esse número atingiu a marca expressiva de 5 milhões de CPFs!!!

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Alguns fatores foram preponderantes para esse crescimento exponencial do número de CPFs cadastrados em corretoras no Brasil.

Movimentação da taxa de juros

O primeiro fator foi a movimentação da nossa taxa de juros, a SELIC. Antes do Plano Real a nossa economia vivia uma instabilidade econômica com inflação na casa dos 02 dígitos e uma taxa SELIC absurdamente alta.

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Em 1994 o Plano Real pós fim a superinflação, porém a taxa SELIC permaneceu próxima ou acima dos 02 dígitos desde então. O melhor momento da taxa SELIC foi em 2012 quando ela atingiu o patamar de 7%, porém esse valor não se sustentou e a taxa SELIC voltou para 14% em 2016.

Após o impeachment da ex-presidente Dilma, Michel Temer com sua equipe econômica começou a reduzir gradativamente a taxa SELIC, entregando a mesma para o presidente Bolsonaro na casa dos 6,5%.

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O Banco Central deu continuidade a baixa da taxa SELIC, que chegou no seu patamar mínimo no final de 2020.


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Uma taxa de juros tão baixa obrigou os investidores a navegarem por novos mares e a renda variável se tornou uma obrigação.

Esse foi um dos principais motivos do aumento exponencial de usuários em corretoras aqui no Brasil.

Mesmo com a taxa de juros subindo (isso é um fenômeno global – EUA subirá sua taxa de 0% para 3% em final de 2022), a Bolsa caiu na graça dos investidores e muitos influenciadores surgiram para analisar papeis, fundos imobiliários, commodities, etc…

Porém, dois fatores vem me preocupando nesse inicio de Bolsa de Valores da população brasileira, (sim, inicio porque nos EUA por exemplo, 54% da população investe na Bolsa):

  • Desinformação/Falta de Estudo
  • Aproveitadores

Desinformação/Falta de Estudo:

Uma grande parte destes novos investidores vieram para Bolsa de Valores após o COVID, quando a bolsa brasileira atingiu um patamar mínimo de 61.000.

Após o “fundo” do COVID a maioria das ações teve uma forte recuperação e a maioria dos ativos subia independente de seus fundamentos ou gráfico.

Houve um boom de alta onde 90% dos ativos se recuperou (pelo menos até próximo ao topo pré-COVID) e investidores acabaram ganhando dinheiro sem saber porque.

Mas costumo dizer que se você ganhou dinheiro sem saber porque, irá perder dinheiro na mesma proporção sem também saber porque.

E como previsto, houve uma leva de aproveitadores que ganharam muito dinheiro na Bolsa.

Aproveitadores:

Após o COVID era muito fácil analisar um papel ou dar o famoso “call” de compra. Qualquer ativo subia. A onda de IPO tomou conta da nossa Bolsa em 2021 e mais de 100 empresas lançaram suas ações na Bolsa de Valores Brasileira.

Fato é que muitos usuários ficaram presos em alguns ativos na sua cotação máxima, principalmente em ativos da moda: VIIA3, COGN3, IRBR3, MGLU3 são alguns exemplos claros.

Para ficar bem claro, eu utilizo analise gráfica em todas minhas operações e estes ativos deram claros sinais de topo.

Só para se ter uma ideia, MGLU3 já caiu 90% nos últimos 12 meses. VIIA3 88%, IRBR3 caiu 65% do fundo do COVID!!!!!!

Isso machucou muitos investidores!!!

Se formos falar dos IPOs então, o buraco é mais embaixo. 99% dos IPOs estão abaixo da cotação de abertura, mas isso será pauta para outro artigo.

Um fato é o investidor brasileiro precisa entender os benefícios da Bolsa de Valores, os seus riscos e principalmente entender que o êxito em seus investimentos depende de muito estudo e dedicação e nada cairá do céu (muito menos aquele call de compra de 5.000%!!!!).