Di Futuros: o que é, para que serve, como funciona e qual correlação com Dólar Futuro? – ESTOA

Di Futuros: o que é, para que serve, como funciona e qual correlação com Dólar Futuro?


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Primeiro você precisa entender o conceito dos contratos futuros.

Eles são um tipo de derivativos, ou seja, são produtos financeiros dos quais os preços dependem e derivam de um ou mais ativos, que podem ser índices, ações, taxas e etc…

Quando um contrato futuro é negociado, é preciso determinar um preço e uma data de vencimento.

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Nesse contexto, eles são amplamente utilizados para especulação ou para o chamado hedge, que visa proteger operações financeiras contra grandes oscilações, como no caso de dívidas, taxa de câmbio ou commodities.

O que é o Di futuro?

O DI futuro é um contrato de juros futuros. Esse contrato é um acordo de compra ou venda sobre a perspectiva da taxa de juros no período do início da negociação até uma data futura, com base em uma data de vencimento estabelecida no contrato.

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Essa taxa foi gerada através do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) para corresponder os juros médios utilizados em empréstimos entre as instituições financeiras.

A DI está normalmente bem próxima da taxa Selic, sendo utilizada como principal índice para indicação do mercado de renda fixa. 

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O DI futuro demonstrará as possibilidades do mercado com base na taxa de juros nos seguintes meses ou anos.


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Já no contrato futuro os cálculos das taxas médias são realizados pela Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos), que reproduzem o custo médio realizado nas negociações de troca de flexibilidade de recursos entre as instituições financeiras no curto prazo.

É importante que o investidor saiba que tanto a Taxa Selic, quanto o Futuro de DI representam um referencial importante para as demais taxas de juros do mercado brasileiro.

Para que serve?

No Brasil, os derivativos de juros, como é o caso do DI Futuro, são utilizados principalmente pelos investidores para proteger investimentos em títulos públicos pós-fixados.

As pessoas realizam operações com contratos futuros de DI com a finalidade de fazer hedge contra oscilações na taxa de juros de algum contrato financeiro.

Um exemplo muito comum é quando um investidor tem uma dívida com juros pós-fixados e o cenário econômico indica uma alta nas taxas. Com isso, ele pode vender um contrato futuro alterando a data para ser prefixada. Também é possível fazer o oposto, quando se acredita em uma baixa na taxa de juros, comprando um contrato futuro para se proteger.

Como funciona?

O DI Futuro constata as possibilidades do mercado para a taxa de juros concreta que será concentrada entre a data de início e final do contrato.

É na Bolsa de Valores (B3) que o Contrato Futuro DI é negociado. Sua negociação é realizada com lote padrão com cinco contratos, o código utilizado é o DI1, com o acréscimo da letra com base no mês de vencimento do contrato e de dois números relacionados ao ano de vencimento do contrato.


Cada contrato terá um valor de R$ 100 mil em sua data de vencimento e seu valor na data da negociação será igual ao valor de R$ 100 mil antecipadamente reportado e descontado pela taxa negociada do contrato no período dos dias úteis até o vencimento do contrato.

O investidor que deseja realizar seus investimentos com base na taxa de juros no mercado futuro, precisará depositar para a sua corretora uma porcentagem do valor total dos contratos que estão sendo negociados. As corretoras normalmente aceitam como garantia os títulos públicos do Tesouro Direto, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) ou ações.

Também há a opção de venda à descoberto de DI Futuro, ou seja, o investidor pode realizar vendas sem ter uma posição comprada em aberto.

Correlação do Di Futuros x Dolar Futuro

Eles têm uma Correlação proporcional (positiva). A tendência é quando um sobe, o outro sobe, quando um desce o outro desce.

No entanto, é sempre muito importante ressaltar que, mesmo quando aprendemos bastante sobre o mercado financeiro e aumentamos nossos conhecimentos sobre a Bolsa de Valores, fazer previsões não é propriamente simples e existe uma infinidade de variáveis que podem impactar os indicadores, bem como os contratos futuros. 

-Lourivan Almeida